Tenho andado distraída e só
agora reparei no que está a acontecer às palmeiras em Portugal. Estão a morrer
com uma velocidade terrível dizimadas pelo “escaravelho da palmeira”, o rhynchophorus ferrugineus, um escaravelho vermelho, com três a quatro centímetros, que veio do Norte de África em 2007.
Não sei nada sobre palmeiras e a que conheço melhor é a Areca Catechu, porque tenho na minha casa de banho uma gravura que a representa, que comprei numa exposição sobre plantas na Faculdade de Ciências há anos. Com o tempo perdeu as cores e é agora uma gravura em tons de azul. Mas continuo a gostar dela como gosto das palmeiras que existem dispersas pelo país.
Só chegaram a Portugal no século XIX mas foram sempre símbolo de exotismo e de bom gosto. As pessoas com posses colocavam-nas junto das suas casas e ficávamos a saber, quando as víamos ao longe, que ali existia uma boa casa. Ainda hoje, quando vou na autoestrada e vejo uma palmeira sem casa penso que ali deve ter existido uma casa senhorial, destruída pela construção da estrada.
Com o tempo também as pessoas do campo passaram a plantá-las junto às suas pequenas habitações. Demoraram décadas a crescer e apesar de não serem autóctones, ao fim de todo este tempo já são nossas.
Não sei nada sobre palmeiras e a que conheço melhor é a Areca Catechu, porque tenho na minha casa de banho uma gravura que a representa, que comprei numa exposição sobre plantas na Faculdade de Ciências há anos. Com o tempo perdeu as cores e é agora uma gravura em tons de azul. Mas continuo a gostar dela como gosto das palmeiras que existem dispersas pelo país.
Só chegaram a Portugal no século XIX mas foram sempre símbolo de exotismo e de bom gosto. As pessoas com posses colocavam-nas junto das suas casas e ficávamos a saber, quando as víamos ao longe, que ali existia uma boa casa. Ainda hoje, quando vou na autoestrada e vejo uma palmeira sem casa penso que ali deve ter existido uma casa senhorial, destruída pela construção da estrada.
Com o tempo também as pessoas do campo passaram a plantá-las junto às suas pequenas habitações. Demoraram décadas a crescer e apesar de não serem autóctones, ao fim de todo este tempo já são nossas.
Agora que estão a morrer às
centenas ou milhares apercebo-me de como são numerosas e espalhadas por todo o
país. Numa ida à região de Santarém e Tomar contei, pelo caminho, dezenas a
morrer apenas junto às estradas por onde passei.
À volta da quinta de uma
amiga minha, em Santarém, estão também todas a morrer mas as dela estão boas
porque o jardineiro as tratou com os produtos com que trata as oliveiras e outras
árvores.
Na altura pensei mas será
que ainda ninguém falou nisto? Consultei a net e encontrei vários artigos em
jornais a maioria já do ano passado. Sabe-se que em Portugal já há pelo menos cinco
espécies de palmeiras que foram afectadas por este tipo de escaravelho, sendo a
mais afectada a palmeira das Canárias e também a chamada tamareira, mas parece
que não se está a actuar devidamente ou não veríamos este espectáculo
desolador.
Duas palmeiras a morrer, uma à esquerda e outra à direita na foto |
Contudo o Ministério da Agricultura
publicou em 2012 recomendações para o tratamento destas palmeiras e aqui deixo
o link para os proprietários mais conscienciosos ainda actuarem:
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