quinta-feira, 31 de março de 2011

Objecto Mistério Nº 23

O objecto que se apresenta hoje é um utensílio de mesa. 

Mede 14 cm por 9,5 cm e é em “silverplated”.

A pergunta é simples: para que serve?

terça-feira, 29 de março de 2011

As Orelhas de Abade

Fiz ontem uma receita que aprendi aos quinze anos num curso de culinária ministrado na escola da Casa de Santa Zita, na Covilhã. Falo das “Orelhas de Abade”.
As Casas de Santa Zita, tinham esse nome em honra da santa italiana, nascida em 1218. Filha de camponeses pobres foi trabalhar para casa de uma família de ricos comerciantes, como criada, e aí viveu até à sua morte em 1278. Viria a ser canonizada em 1696, mas só foi declarada padroeira das criadas já no século XX, pelo Papa Pio XII. É a sua imagem que aparece associada a esta organização, mostrando-a sempre a transformar a água em vinho.
A instituição, que ainda hoje existe, tinha a sede em Lisboa, na Rua de Santo António e desde o início teve como vocação ser uma “Obra de Previdência e Formação de Criadas”.
A sua acção era divulgada através de duas publicações: «A Voz das Criadas» e o «Almanaque de Santa Zita». Este teve início em 1944 e era uma verdeiro almanaque no sentido em que tinha as luas, conselhos, feiras, anedotas, receitas, etc.
No número de 1947 perguntava ao leitor se queria participar «para que haja criadas modelares». E remetia a resposta para outra página onde se podia ler que, para contribuir, devia comprar nas lojas profissionais da O.P.F.C. a “Cera Lustral” e a “Solarina Lustral”, que ali se fabricavam, ou mandar fazer as sobremesas, doces ou pratos de alta cozinha.
Em 1947 exitiam, já a funcionar, três escolas, para além da de Lisboa: a da Guarda, a do Porto e a da Covilhã. Nos anos que se seguiram foram-se espalhando escolas por todo o país, com predomínio no norte e centro. Embora a sua função fosse formar profissionalmente jovens para exercerem a função de criadas tinham também como fim ajudá-las na instrução primária e na formação moral e religiosa.
Davam também formação na área de culinária para pessoas do exterior. Foi assim que eu e várias das minhas amigas do liceu tivemos aulas com uma madre sabedora da boa arte de cozinha. As receitas que então aprendi foram um marco nos meus conhecimentos de culinária. Sempre as considerei melhores do que muitas das que posteriormente vim a conhecer nos elaborados livros de receitas que mais tarde adquiri.
A receita é fácil e aqui fica:

Orelhas de Abade

Deitam-se num tigela 250 g de farinha, 125 g de manteiga, 1 colher de café de sal (bem cheia) e 1 ovo. Amassa-se à mão e junta-se um pouco de vinho branco. A massa deve ficar um bocadinho rija. Estende-se com um rolo e deixa-se fina. Cortam-se circunferências (cerca de 6-7 cm), dobram-se em quatro, apertando ligeiramente no ângulo. Fritam-se em óleo ou azeite, como se preferir. A fritura fá-las abrir e dá-lhes uma forma de orelha.

Temos que reconhecer que o nome é delicioso sobretudo ensinado por uma freira. Mas mais deliciosas são as orelhas, que são óptimas para acompanhar qualquer prato de carne, podendo mesmo substituir qualquer outro hidrato de carbono, desde que se junte um legume cozido ou salteado.

Nota: Se não as comer todas guarde-as numa lata forrada com papel absorvente e mantéem-se estaladiças mais uns dias.

sábado, 26 de março de 2011

A farinha de mandioca ”Fubá”

Por este panfleto de 1950 tomamos conhecimento de que a designação «Fubá» foi usada como nome de uma marca da farinha de mandioca integral, comercializada em Portugal.
A palavra “Fubá” é usada no Brasil e deriva da palavra angolana “fuba”. A sua etimologia vem precisamente de «fuba», do quibundo, uma das línguas angolanas e significa “farinha”.
A palavra usa-se como sinónimo de farinha de mandioca mas também, nalgumas regiões de Angola, tal como acontece no Brasil, para farinha de milho ou até de arroz.
O «funge» é a base da alimentação em Angola e é feito apenas com farinha, ou fuba, e água quente. De acordo com as regiões pode ser de mandioca ou de milho. Foram também os angolanos quem levou a fuba para São Tomé e Príncipe introduzindo-o na alimentação local.
Em Angola há eiras comunitárias em que as pessoas, em especial as mulheres, secam e esmagam a fuba. Uma bela foto tirado do blog AngolaBela mostra-nos um desses exemplos.
No Brasil, a esta mistura de farinha de mandioca com água dá-se o nome de «angu». Foi descrita por Jean-Baptiste Debret (1768-1848) no seu livro Voyage pittoresque et historique au Brésil, publicado em França em 1834. Debret esteve no Brasil em 1816 fazendo parte da Missão Artística Francesa. De entre as suas interessantes descrições da vida local vem a propósito mencionar a das mulheres negras que, na rua, vendiam o angu a que se juntavam bocados de carne e miúdos (bofe, coração, língua, etc), azeite de dendê, algumas ervas e condimentos, formando um molho acastanhado.
O facto de Debret se referir à farinha de mandioca e não à de milho leva a crer que o uso desta poderá ter sido mais tardio. Mas é possível também que tenha a ver com a região que descreve, uma vez que ambas eram usadas para o mesmo fim.
Voltando ao panfleto que deu origem a este post penso que a origem desta farinha seria brasileira. A designação “Fubá” (e não “fuba”) e o grafismo, fazem-me acreditar nessa hipótese.
Também a declaração inacreditável de um médico brasileiro afirmando que a farinha de mandioca actuaria como preventivo para a apendicite reforçam esta teoria. Era no entanto embalada e preparada na industria nacional de farinhas coloniais “Concórdia” em Campanhã-Porto. Era depois distribuída pela firma Ramil, com sede na Rua das Gáveas, 20, em Lisboa. O folheto é composto por meia dúzia de folhas com receitas em que se utiliza a farinha de mandioca.
A aposta na publicidade à marca era feita de duas maneiras: através de um programa de rádio, com o nome ”Fubá, transmitido pelos Emissores Associados e pela distribuição de prémio contra entrega de senhas existentes nas embalagens.

E por fim, para tornar esta conversa mais ligeira, apresento-lhes uma canção da portuguesa mais famosa, radicada no Brasil, que dava pelo nome de Carmen Miranda, intitulada “Tico-Tico no Fubá”.


Por ser muito rápida, e por vezes difícil de perceber, aqui fica a primeira estrofe.
Tico-Tico No Fubá
Tico-Tico
Tico-Tico
O Tico-Tico tá
Tá outra vez aqui
O Tico-Tico tá comendo meu fubá
O Tico-Tico tem, tem que se alimentar
Que vá comer umas minhocas no pomar.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Museu Virtual: Oveiro coberto

Nome do Objecto: Oveiro coberto.

Descrição: Dois oveiros cobertos em inox, com pé e pequeno botão na tampa em baquelite branca, apresentados em caixa de cartão forrada a papel.

Material: Inox e baquelite branca. Forro em feltro branco.

Época: Anos 20-30.

Marcas: Não tem.

Origem: Mercado inglês.
Grupo a que pertence: Equipamento culinário.

Função Geral: Recipiente para servir alimentos.

Função Específica: Servir ovos quentes

Nº inventário: 1006

sábado, 19 de março de 2011

O frigorífico Electrolux de 1939

Portugal começou lentamente a aceitar a eletricidade e os electrodomésticos.
Em 1930 o número de consumidores de electricidade era ainda de 60.000, tendo aumentado para 106.000, em 1936. O ano de 1939 é um ano de referência com 150.000 consumidores e com 179 centrais de serviço público.
Foi nesse ano que a Revista Eva apresentou, no mês de Agosto, publicidade ao frigorífico Electrolux.

Para o promover publicita:«Funciona e regula a temperatura sem vibrações e sem ruídos». E a comprová-lo pode ver-se uma criança que dorme serenamente, abraçada ao seu ursinho.
Com lojas em Lisboa, na Avenida da Liberdade, 141, e no Porto na Praça da Liberdade, 123, a Electrolux apresentava então cinco modelos diferentes.

Em 1925 a Elecrolux tinha comprado a empresa Arctic e lançou o primeiro frigorífico no mercado, o “Frigorífico D”. Mas em 1927 a General Eletric lançou o modelo “Monitor Top” que apresentava o motor circular, em cima do frígorifico. Era o tipo de frigorífico que apresentava ainda pernas altas, baseando-se no aspecto dos móveis, única referência então existente.
Foi um sucesso que durou alguns anos. O frigorífico, utensílio caro, começou a ser vendido em massa nos Estados Unidos, o que permitiu uma baixa de preços.
Mas seria a Electrolux a criar em 1930 o primeiro frigorífico compacto, isto é, com a área de congelação integrada.
1º frigorífico Electrolux compacto. Foto do arquivo da empresa
É o que podemos ver no modelo representado na publicidade. Já sem motor visível, o frigorífico apresenta ainda as pernas altas. Por pouco mais tempo.
Já em 1935 o designer Raymond Loewy, de origem francesa, a viver nos Estados Unidos, tinha desenhado para a Sears o modelo Coldspot, que se assemelhava a um cofre esmaltado. O aspecto do frigorífico foi tão atractivo que as vendas subiram em flecha nos anos seguintes, confirmando a importância do design. Depois deste sucesso os frigoríficos perderam definitivamente as pernas.

quarta-feira, 16 de março de 2011

A Ovomaltine

Embalagem comercializada entre 1942 e 1954
Lembro-me de na minha infância adoçar o leite com Ovomaltine. Era uma maneira de tornar o leite mais apetecível. Os meus pais viam nisso um suplemento alimentar e eu considerava que era a forma de diminuir os dramas que constituíam a nossa alimentação. As grandes refeições eram sempre demoradas, porque eu e o meu irmão não tinhamos vontade de comer. Mas o pequeno almoço e o lanche foram sempre mais fáceis. Eram rápidos e não havia drama. Penso que isso se ficou a dever aos vários achocolatados que fomos consumindo à medida que crescíamos. 
Fotografia de Horácio Novais. Arquivo da Biblioteca da FCG

É um campo interessante este dos suplementos alimentares, muito valorizados a partir dos finais do século XIX, e sobretudo na primeira metade do século XX. Já falámos em alguns mas voltaremos a este tema, porque são imensos.
A Ovomaltine foi criada por um químico suíço, Georges Wander, que pretendia desenvolver um complemento alimentar, na sua empresa. Após a sua morte as pesquisas foram continuadas pelo seu filho, Alberto que em 1904, criou a fórmula do Ovomaltine com extracto de malte, ovos frescos, leite puro e aromatizado com cacau. Em 1906 começou a sua produção numa nova fábrica construída em 1904, na cidade de Berna, sob o nome da empresa de seu pai Dr. A. Wander, que tinha sido fundada em 1865.
Lavores e Arte Aplicada 1949
O produto por nós conhecido como Ovomaltine ficou conhecido no mercado inglês como Ovaltine. Tal como acontecia no registo das nossas crianças, antigamente, houve um erro com o registo da marca, em Inglaterra, em 1909, e ficou com um nome diferente. A fábrica inglesa, dedicada à sua produção, teve imenso sucesso e tornou-se exportadora para os Estados Unidos, até que, em 1919, foi construída uma fábrica em Chicago.

A Ovomaltine não se destinava apenas às crianças. Na embalagem que apresento vem escrito: «É o alimento ideal do sportman, do atleta, bem como do sábio ou do homem de negócios, e enfim de todas as pessoas que dispendem esforços físicos ou intelectuais.
Modas e Bordados 1939

O grande sucesso da bebida deveu-se ao facto de ser aconselhada por médicos. É novamente a embalagem que nos informa: «A Ovomaltine contém uma grande proporção de fósforo orgânico, assimilável em forma de lecitina. É pois um alimento incomparável em todos os casos de neurastenia e esgotamento cerebral. .... Preciosa quando do tratamento das doenças orgânicas, bem como para a alimentação dos adolescentes, dispépticos e febris.... Em uso permanente nos sanatórios de Davos e Leysin».
Esta última referência é extremamente interessante porque se referia a dois dos principais sanatórios suícos, numa época em que a tuberculose grassava pela Europa.
Poster c. 1950 do designer gráfico Pierre Gouchat (1902-1956)
Para a divulgação da bebida muito constribuiu a publicidade que, com frequência, foi entregue nas mãos de bons publicitários ou designers gráficos, que passavam as mensagens referidas.
Poster de 1963 do designer gráfico Celestino Piatti (1922-2007)
Hoje a Ovomaltine continua a usar-se em Portugal. Mas já não tem o fascínio que tinha naquela época. Tem demasiados competidores e as crianças demasiadas solicitações. Presentemente a preocupação quanto à alimentação centra-se na forma de restringir calorias, uma vez que temos um número de crianças cada vez mais obesas.
Custa a perceber como se inverteu esta tendência.

domingo, 13 de março de 2011

Um mercado de rua em Zurique

Tenho sistematicamente adiado a publicação de fotos sobre mercados porque era minha intenção começar com o Mercado da Ribeira. É o meu local de compras e dava-me gosto mostrar os meus fornecedores que, nos últimos tempos, fui fotografando. Mas falar sobre este mercado lisboeta exige-me mais tempo e atenção.
Para não adiar mais, decidi agora, iniciar este tema com o último mercado que visitei, porque neste aspecto, é importante a actualidade. Tenho fotos de legumes e frutas exóticas tiradas em Viena de Áustria, que agora, à distância, tenho dificuldade em abordar.
Fui na última semana a Zurique a uma reunião. Foi uma daquelas visitas rápidas em que se vai num dia e se regressa no dia seguinte e pouco mais se vê que o hotel. Levantei-me cedo porque a reunião começava às 7 e 45.
Estava a tomar o pequeno almoço, olho para fora, e vejo uma feira de legumes e flores numa praça junto ao hotel. Tomei o pequeno almoço a correr para ter tempo de ir ver o mercado e fotografá-lo. Nem mesmo sei o nome da feira. Sei apenas que o hotel se chamava “Swisshotel” e ficava perto de uma estação de comboio chamada Oerlikon.
O mercado estava imaculado e extraordinariamente organizado e apetecia comprar aqueles belos produtos, alguns dos quais dificilmente encontramos em Portugal.
As bancadas, simétricas, tinham todas as embalagens em plástico verde, do mesmo tom. As lonas eram também todas em verde. Apenas os toldos variavam, alternando as riscas encarnadas com as verdes.
Um mercado com a organização que caracteriza os suíços e onde reinava um silêncio justificado pela hora matinal, ainda quase sem clientes, e pelo frio que cortava a manhã. Bastante diferente dos nossos mercados, sempre mais agitados, mas um lenitivo estimulante para quem ia passar o dia dentro de uma sala.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Postais ilustrados pirosos

Ao longo da minha vida fui recebendo inúmeros postais pirosos da minha amiga de infância Cilinha. Inevitavelmente acabámos ambas por acumular um conjunto interessante destes tipo de postais. Note-se que evitei aqui a palavra coleccionar, que implica sempre uma vertente organizacional, que nenhuma das duas apresentou.
Ontem ao mexer em velhos postais encontrei esta menina, vestida de cor de rosa e com um lindo penteado com popa, agora tão na moda. Tendo por fundo uma porta e uma parede pintada no que se chamava “azul cueca” (já se tinham esquecido desta, não?) a criança brinca com vários utensílios de cozinha, de dimensões generosas se atendermos ao seu tamanho. Foi-me enviado pela Cilinha, que então estava em Coimbra, onde sempre houve imensos destes postais (sem ofensa), para me felicitar pelo meu aniversário. Tínhamos então quatorze anos.
Quando o encontrei pensei que a minha amiga tinha tido a premonição de que eu, tal como a menina representada, havia de me interessar toda a vida por tachos e panelas. 

terça-feira, 8 de março de 2011

Uma ementa de Carnaval

Hoje é 3ª feira de Carnaval e por coincidência, encontrei  agora este folheto da Casa Almeida & Oliveira, Lda. Designada "A Casa do Carnaval", existe desde 1889. Situada em Lisboa, na Travessa de S. Domingos, 8 a 14, ainda hoje vende objectos para Carnaval, fogos de artifício, artigos para os Santos Populares e adornos de Natal.
Neste folheto podemos encontrar os objectos à venda em 1972. Lá estão as inevitáveis máscaras para crianças e adultos, os saquinhos de arremesso, os globos com caras cómicas, as pistolas de plástico para água ou para água de colónia, os bonés e chapéus de fantasia, etc.
Mas o que me chamou à atenção foi o capítulo dos “Doces” e o dos “Alimentos diversos”.
Aqui lhes deixo uma amostra da extensa variedade.
Um tipo de brincadeira inofensiva que vai caindo no esquecimento.

domingo, 6 de março de 2011

Leque Publicitário de Vidago e Pedras Salgadas

Júlio César Machado na introdução ao livro de Ramalho Ortigão “Banhos de Caldas e Águas Minerais” afirmava: «D’antes o costume em Portugal, nos meses de verão, era tomar ares». O livro foi publicado em 1875 e nele se dizia que era difícil alguém distrair-se em Lisboa de Abril a Outubro.
A solução passava então pela ida às “caldas”, como então se chamavam as termas. Estas conciliavam tudo: «Mudança de ares, exercício ameno, banhos, copinho, peregrinação, entretenimento, vita nueva». Esta moda intensificou-se no final do século XIX e início do século XX com a presença da família real. D. Luís esteve no Vidago, em 1875, e D. Fernando em 1884. Em 1906 foi a vez do rei D. Carlos que esteve instalado em Pedras Salgadas para tratamento de águas.
A Companhia das Águas de Vidago foi instituída em 1870 e nas décadas seguintes a fama dos efeitos terapêuticos das águas da região não parou de aumentar. Para acompanhar esta procura foram construídos vários hotéis e pensões que davam apoio às termas.
Em Vidago o primeiro hotel a ser construído foi o Grande Hotel de Vidago que foi inaugurado em 1874.
Em 1910 foi inaugurado o Vidago Place Hotel e em 1918 o Hotel Salus, que mais tarde se passou a chamar Hotel do Golf.
São estes os três hotéis representados no leque onde se designava Vidago como a «Vichy portuguesa», numa alusão à qualidade das suas águas alcalinas. Na face do leque que publicita estes hotéis pode ver-se que para além do tratamento das doenças do estômago os veraneantes podiam também distrair-se no campo de golf ou ainda na praia fluvial.
No outro lado do leque estão representados os três principais hotéis de Pedras Salgadas, «a estância da alegria»: o Hotel Avelames, o Hotel do Norte, o Grande Hotel e ainda a Pensão do Parque. Nesta face divulgava-se também a existência do casino, ténis, patinagem, o lago e a possibilidade de fazer hipismo.
Foi a partir dos anos de 1910-1920 que começou este tipo de propaganda que apresentava Vidago como sendo a "Vichy portuguesa”.
Esta ideia viria a manter-se durante algumas décadas, de tal modo que, em 1949, foi apresentada uma “Marcha de Vidago”, com letra do Padre Adolfo Magalhães, cujos versos diziam: «Ai, o Vidago, Vichy portuguesa, cheia de beleza, termas sem rival,...».
Nota:
Para mais pormenores sobre este tema consultar os blogues: