Tal como dizia Vasco Santana na
célebre cena do filme A Canção de Lisboa:
«chapéus há muitos…», também há muitas chávenas.
Existem de todos os tamanhos e
formatos, com maior ou menor riqueza consoante o material de que são feitas e o
tipo de pintura. Perante esta diversidade dizer que esta é a mais bonita parece
difícil, mas é irresistível pensá-lo. Olhando para ela achei-a de imediato lindíssima.
É uma chávena de café, de dimensões um pouco avantajadas para os nossos
conceitos de hoje, em que bebemos sobretudo “bicas”.
De contorno gomado é
acompanhada por um pires polilobado com várias flores pintadas à mão, todas
diferentes. No prato conto oito flores, de várias cores, intercaladas por
raminhos que se encontram também no exterior da chávena. No interior desta encontra-se
uma flor no fundo e vários raminhos. A toda a volta do rebordo da chávena e da
asa, bem como no contorno do pires, foram desenhados pequenos risquinhos de uma
simetria e igualdade espantosa.
Infelizmente é apenas uma
porque gostaria de comparar com as restantes, que certamente a acompanhavam, e
ver como o artista repetiu esta pintura delicada.
No fundo da chávena e do pires
pode ver-se o carimbo da Fábrica do Carvalhinho e as frases «Pintado à mão» e
«made in Portugal». Não tenho nenhum catálogo da louça do Carvalhinho mas
seguramente que esta peça é de cerca de 1950.
A fábrica do Porto, com início em 1840, começou por fazer sobretudo azulejos. Em 1923 passou para Vila Nova de Gaia para a Quinta do Arco do Prado, com umas extensas instalações de que só sobraram ruínas. Entre 1923 e 1961 esteve ligada à Fábrica de louça de Sacavém e acabou por fechar após o 25 de abril de 1975 (década de 80?).
A fábrica do Porto, com início em 1840, começou por fazer sobretudo azulejos. Em 1923 passou para Vila Nova de Gaia para a Quinta do Arco do Prado, com umas extensas instalações de que só sobraram ruínas. Entre 1923 e 1961 esteve ligada à Fábrica de louça de Sacavém e acabou por fechar após o 25 de abril de 1975 (década de 80?).
Foto tirada do blog Ruin'Arte |
Espero que as imagens sejam convicentes, se o texto o não tiver sido.