sexta-feira, 21 de junho de 2024
As Festas Populares vistas por Bernardo Marques
sábado, 11 de junho de 2022
As marchas populares, em papel
Na continuação da anterior publicação,
ao organizar folhas para recortar de revistas antigas, deparei-me com estas,
tão adequadas à época festiva em que nos encontramos.
Começou precocemente a
interessar-se por desenhos e pintura e aos 16 anos já estava em Lisboa onde
começou no desenho publicitário
Foi ilustrador de imensos manuais escolares,
de revistas e jornais. Nos desenhos, tal como na pintura, evidenciou um gosto
historicista em que ilustrava monumentos nacionais, acontecimentos e figuras
históricas.
Podemos encontra ilustrações
suas em várias revistas como O Diabrete,
mas fez também histórias aos quadradinhos no Norte Infantil, do Jornal do Norte
e em várias outras como no Cavaleiro
Andante; Lusitas; Mundo de Aventuras; Fagulha, Spar, etc.
Trabalhou ainda para outras publicações
como Cara Alegre, Os Ridículos, O Pimpão, Jornal do Exército,
na Colecção Manecas e capas para
vários livros como os da Colecção Tigre, Salgari, etc.
Dito isto, dá para perceber,
que era uma daquelas pessoas em que o desenho sai fácil e constante do seu
lápis.
Tem hoje um Museu em Pinhel,
com o seu nome próprio, que aguardo ansiosamente um dia visitar.
Ficam as imagens das marchas,
que será o mais perto, que vou estar destas festas populares, nuns festejos em
que todos actuam como se a pandemia tivesse acabado e em que se prevêem 350.000
infectados apenas neste período. Espero não lhes ter estragado a festa!
sexta-feira, 12 de junho de 2020
domingo, 10 de junho de 2018
sexta-feira, 23 de junho de 2017
O cardo nos Santos Populares
segunda-feira, 12 de junho de 2017
Um tostãosinho para o Santo António
domingo, 28 de junho de 2015
As festa populares no «Poema de Lisboa»
terça-feira, 23 de junho de 2015
domingo, 14 de junho de 2015
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Olhares sobre os Santos Populares
terça-feira, 12 de junho de 2012
As festas da cidade de Lisboa em 1935
terça-feira, 8 de junho de 2010
O trono de Santo António
No primeiro ano que cheguei a Lisboa lembro-me de ter posto pelas costas um xaile branco com flores e de ter ido com um grupo de amigos percorrer as ruas.
Havia música e esplanadas em todos os larguinhos de Alfama, onde as pessoas se sentavam em bancos de madeira, à volta de mesas, para comer sardinhas e saladas com pimentos assados nos fogareiros. Bebia-se sangria, mas não me lembro de grandes bebedeiras como se vêem hoje.
Nos anos seguintes as ruas ficaram cada vez mais cheias e os grupos acotovelavam-se, perdidos rua-abaixo rua-acima à procura de qualquer coisa que não acontecia.
Foi uma grande decepção para mim e desisti dos festejos dos santos populares.
Mas a ideia do trono de Santo António, que me lembro de ver nalguns bairros ficou-me na memória. Antigamente os miúdos pediam “cinco-réisinhos” que depois passou a “um tostãozinho para o Santo António”. No filme Pátio das Cantigas, de 1942, ficou imortalizada esta tradição.
Com tronos mais ou menos elaborados, alguns apenas feitos com caixas de sapatos em cartão, os miúdos pediam dinheiro. Com o passar do tempo e o sentido prático que caracteriza esta sociedade, desde há algum tempo já surgem crianças a pedir o “tostãozinho”, sem sequer saberem que existem tronos.
Desde há vários anos que tinha vontade de fazer um trono de Santo António.
O Santo António já eu tinha, mas faltava-me o escadório que cheguei a encomendar a um marceneiro, para depois o pintar. Nunca foi feito.
O ano passado comprei uma presépio de Estremoz antigo . Este ano o escadório em barro serviu-me de base para o pequeno altar.
Ficou um misto de trono, nome porque é conhecido o altar em Lisboa e de cascata, designação pela qual o mesmo é designado no Porto, destinando-se aqui ao S. João.
Segundo Helder Pacheco (1) as cascatas do Porto, que surgiram no século XIX, sendo portanto mais recentes que o trono de Santo António, derivam dos presépios. Nelas a sagrada família e os reis magos desapareciam, ficando as restantes figuras e incluía-se o S. João.
A minha adaptação com escadório e a figura central do santo popular de Lisboa ficou muito satisfatória.
Faltam-me as velas nos candelabros e os pequenos vasos de manjerico que ainda não comprei.
Como vou estar ausente deixo-lhes já o meu Santo António, com votos de felizes Santos Populares.
(1)Anabela Couto e Hugo Manuel Correia, JPN – Jornalismo Porto Net, 23-6-2005