A bebida já tinha chegado ao Brasil em 1941, mas a sua
produção começou no Recife, na Fábrica de Água Mineral Santa Clara e
estendeu-se depois a outras cidades brasileiras. Destinava-se inicialmente aos
militares americanos instalados na base da cidade brasileira de Natal, capital
nordestina, e a outros que circulavam pelo chamado "Corredor da
Vitória", rumo à Europa e à África do Norte, durante a Segunda Guerra
Mundial.
Contudo a população brasileira teve dificuldade na aceitação
desta bebida e foram necessárias várias campanhas publicitárias. Em 1940 já havia sido lançada a campanha “A pausa que refresca”, mas em 1944 teve lugar uma nova
campanha designada “O convite universal”, de que se mostram alguns dos anúncios. Apenas o
anúncio de Cuba está assinado por «Carmona», mas no geral todos parecem saídos
da mesma caneta. Destinavam-se a transmitir a ideia de aceitação da bebida em
toda a América latina, sendo vários os países mencionados.
Neles surge representado um casal moderno a beber uma Coca-Cola
directamente da garrafa. Em plano de fundo são por vezes visíveis autóctenes
com fatos regionais que caracterizam melhor o local.
Apenas no caso da
publicidade que mostra uma «Vista Charra Mexicana» os consumidores se
apresentam vestidos com fatos tradicionais mexicanos.
Duas outras imagens
publicitárias, incluídas na mesma campanha, destacam-se pela tentativa de divulgação
do consumo da bebida durante desportos de luxo: a «Cena de Inverno», referente à
prática de sky no Chile, e o «Campo de Polo», num intervalo do jogo, sem
referência ao país.
Apenas em 1976 o empresário Sérgio Geraldes Barba, constituiu
a empresa Refrige (Sociedade Industrial de Refrigerantes SA) que se tornaria na
concessionária da bebida no nosso pais. Em Julho de 1977 a Coca Cola regressava
a Portugal. Em 1993 lançava uma campanha publicitária intitulada «Sempre
Coca-Cola». A empresa nunca deixou de investir em publicidade.
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(1) Que viria a
dar a McCannErikson/Hora.
(2) Ferreira,
António Mega, Fernado Pessoa, O Comércio e a Publicidade, 1986, p.
34-35.
(3) Galhardo,
Andreia, Sobre as práticas e reflexões publicitárias de Fernando Pessoa.
Consulta online http://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/585/2/19-27FCHS2006-2.pdf
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