A indústria de plásticos tem já mais de um século de história. O grande desenvolvimento deu-se contudo nas décadas 30-40 do século XX.
Em Portugal a primeira fábrica surgiu em 1935. Era a Nobre & Silva e situava-se na região de Leiria. Outras se lhe seguiriam em 1945. E para quem quiser acompanhar a história dos plásticos em Portugal aconselho o livro de Maria Elvira Callapez «Os Plásticos em Portugal. A origem da indústria transformadora». A grande vantagem do plástico foi sempre a sua versatibilidade e a capacidade de resistência, quando comparada com outros materiais como o vidro e a cerâmica.
Quando nos anos 50-60 se deu a grande divulgação do plástico para uso doméstico, não era ainda claro o seu posicionamento. De repente todos os objectos domésticos eram produzidos em plásticos. Ao olhar para alguns desses objectos ocorreu-me a expressão que usei no título: «plásticos pretensiosos». Chamei-lhes assim porque pretendiam imitar o vidro ou a cerâmica.
Hoje estão na moda copos de plástico, com vantagens em diversas situações, como por exemplo para uso nas piscinas. Ao caírem não há o problema de ficarem fragmentos de vidro dispersos. Mas são evidentemente de plástico. Não pretendem parecer que são de vidro.
Estes objectos a que chamei plásticos pretensiosos são cópias de vidros lapidados e existe uma extensa gama que inclui copos, pratos, compoteiras, caixas, etc. Há ainda outros que semelham a cerâmica.
Fizeram-me lembrar algumas peças em faiança do século XVIII, como as terrinas, moldadas ou copiadas de peças em prata. Também estas, na altura, não tinham ainda descoberto o seu caminho. Apesar do nome que lhes chamei acho-as agora objectos encantadores na sua ingenuidade. Aqui ficam alguns exemplos que fui guardando. Espero que gostem.
2 comentários:
Deliciosos exemplares. Ainda vi outro dia na Zara Home uns plásticos muito ao tipo destes, nada como o revivalismo.
A Ana lembra-se dos napperons em plástico dos anos 70? Eram preciosos! Risos:)
Mas cheira-me que o plástico ainda ver reabilitado!
Tinha-me esquecido desses naperons.
Eram o máximo. Devem mesmo ter desaparecido.
O plástico já está reabilitado. Já há exemplares em Museus.
Qualquer dia mostro um tupperware interessantissimo.
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