Quando vi este pequeno folheto de publicidade ao GAZCIDLA, fiquei encantada com o grafismo e a história tão simples e decidi pô-la no blogue. Durante a pesquisa descobri que eu própria já havia apresentado, em 2010, esta pequena obra de José de Lemos com o título: No Comment. A Pequena maravilha.
Da vasta obra
de José de Lemos (Lisboa, 1910-1995) salientamos os livros para crianças,
publicados sobretudo na década de 1940 e 1950. Quanto a este folheto está datado
de 1958. Ficaram sobretudo famosos os desenhos feitos para o jornal Diário
Popular. Como diz Jorge Silva, no seu livro sobre a sua obra, “O Riso
Amarelo, foi a mais célebre rubrica de Lemos. Apareceu em 1965 e
acompanhará o jornal até à derradeira saída das rotativas, em 28 de Setembro de
1991. O Riso será o retrato lisboeta do país e do conformismo cívico dos
últimos anos da ditadura”.[1]
Passados 14 anos da minha anterior publicação acho que merece voltar para apresentar a história resumida do Necas que gela ao tomar um banho. A sua mãe tenta sem sucesso aquecer a água num fogareiro, mas sem sucesso.
Quando o sr. Silva chega a casa o Necas estava mal lavado, cheio de frio e o almoço não estava pronto, pelas mesmas razões. Quando o sr. Silva vai comer a sopa estava fria. Olhou para a mulher que se apresentava tudo enfarruscada do carvão, disse-lhe que parecia a mulher de um carvoeiro.
A mulher do Sr. Silva (que não
tinha nome, ao contrário do cão que era o Barbaças), desejou fugir para a China.
Não quem queria ir para a China era o sr. Silva. E o problema adensou-se quando
o Necas perguntou onde ficava a China. A pergunta inocente valeu-lhe um sopapo.
Um drama familiar!
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