Talvez tenha sido em meados do
século XX que em muitas casas as preocupações em cobrir objectos inestéticos ou
com pouco uso, que se queriam proteger do pó, atingiram o auge.
Não foi uma moda disseminada,
mas predominava em casas burguesas cujas donas de casa eram mais extremosas.
Assim de repente recordo-me
que havia pessoas que tinham as botijas de gás cobertas com saias e as mais
imaginativas arrancavam as pernas a bonecas de plástico e faziam umas grandes
saias que cobriam as botijas.
Numa outra cozinha, cuja
proprietária era uma alemã radicada há muito em Portugal existia um suporte
para os panos de cozinha, em madeira, com cerca de 3 ou 4 rolos onde estes
ficavam abertos e que era coberto com uma cortina branca com bordados que
cobria toda a estrutura.
Chegamos por último ao
depósito para a água dos clisteres. Normalmente era guardado num armário, mas,
como se comprova pela imagem mistério, podia ficar pendurado e oculto com uma
cobertura de pano bordada.
Neste caso constato que
se trata de um utensílio português da marca Sublime. Como era habitual e, por
razões que desconheço, apresentava-se sempre com
uma cor alaranjada. Outro mistério!
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