domingo, 3 de março de 2019

Carnaval Desmascarado


 Apesar de a morte o ter levado muito cedo a sua obra como caricaturista foi enorme. De nome completo Celso Hermínio de Freitas Carneiro, nasceu em Lisboa em 1871 e faleceu em 1904.
Começou a desenhar muito cedo, mas profissionalmente foi em 1892 no «O Universal», depois de desistir da carreira militar.
Colaborou em Suplemento Ilustrado de O Universal, O António Maria, Branco e Negro, Diário de Notícias, A Paródia, BrasilPortugal, O Dia, A Comédia Portuguesa, A Folha, Diário da Tarde, O Papão, Jornal das Senhoras, O Arauto, O Comércio do Porto Ilustrado, Ilustração Portuguesa, Passatempo, etc. Seria editor/director de O Micróbio, O Berro e A Carantonha, no período mais acérrimo da censura em final de oitocentos.
No Brasil, onde viveu de 1897 a 1899, trabalhou no Jornal do Brasil, O Diabo, etc.
O álbum «Carnaval Desmascarado», de que se apresentam algumas folhas, foi uma das suas últimas obras, publicado em 1903, mas além deste ilustrou também vários livros, desenhou postais ilustrados e fez pintura.
Foi autor de uma página do Albúm-Homenagem a Rafael Bordalo Pinheiro, saído em 1903 e cujo traço e sentido crítico eram muito semelhantes.
No dia 20 de Março de 1904 era publicado o obituário de Celso Hermínio, no jornal Occidente. Uma morte rápida, que apanhou as pessoas de surpresa, incluindo o jornalista que comovido dava a triste notícia, lamentando o desaparecimento deste caricaturista político de figuras e factos da Primeira República. 
Uma obra extensa de que apenas se menciona parte, e que nos surpreende numa pessoa que morreu apenas com 33 anos.

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