No final do século XIX e
início do século XX era frequente os postais apresentarem-se em colecções. Por
vezes vinham numerados para mais fácil seguimento e contavam histórias, com um
fim moral ou não. Alguns eram simplesmente uma sequência humorística; outros
correspondiam a fantasias românticas. Esta sequência de postais apelava ao coleccionismo
e eram sobretudo as jovens que adquiriam belos álbuns para os manter conservados
e facilmente consultados.
Até à primeira Guerra Mundial houve
uma verdadeira loucura no envio destas missivas, que incluíam mensagens de amor,
enviavam felicitações pelo aniversário ou pelas principais festas, ou
simplesmente davam notícias das viagens efectuadas.
Foi sobretudo em França que
entre a década de 1920 e 1930 surgiram os chamados postais românticos ou Mille Baisers, designação tirada da expressão
de despedida final amorosa «Mil beijos». Muitos deles são fotografias reais,
feitas numa época de desenvolvimento dessa técnica e eram depois complementados
com cor, desenhos, flores e frases adaptadas à situação.
De qualquer modo a escolha de
um postal ilustrado para envio postal foi sempre importante e relacionada com a
pessoa que o recebia. A sua imagem era já, independentemente do texto, uma
mensagem enviada a quem a recebia.
Na série que aqui apresento e
que se destina a desejar um Feliz Ano Novo há uma história que passa pelos
festejos de passagem de ano com champanhe e ostras. A série, não numerada deve
estar incompleta porque, para além da alegria do casal amoroso neste «Joyeux Reveillon»,
nada acontece.
Fiquemos então com a ceia leve
e a atitude positiva de que o novo ano seja melhor do que o que finda.
Felicidades
para 2019!
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