Imagem da autora na contracapa do livro Picture Cook Book |
A sua criação esteve a cargo
de um publicista chamado Samuel Gale que, em 1921, publicou no jornal Saturday Evening Post um anúncio a um
tipo de farinha da empresa Washburn-Crosby, criada no final do século XIX e mais
tarde designada General Mills. Tratava-se de um puzzle que as pessoas
completavam e enviavam para a empresa, a troco de um prémio que era uma
almofada de alfinetes com a forma de um saco de farinha (Gold Medal Flour).
O sucesso foi extraordinário e
a empresa recebeu mais de 30.000 respostas. Com elas vinham muitas perguntas
sobre bolos e outros cozinhados. À época era evidente que as respostas tinham
que ser dadas por uma mulher e o departamento de marketing, masculino, inventou
a figura de Betty Crocker.
Durante anos esta figura foi uma presença constante
na imprensa e na rádio, tornando-se numa mãe orientadora em conselhos
culinários em questões variadas postas pelas donas de casa.
Respondendo às suas perguntas Betty Croker deu confiança às suas leitoras que recebiam cartas assinadas e que em 1924 ganhou mesmo voz num programa de rádio onde eram dadas lições de culinária. A primeira pessoa a interpretar essa voz foi uma professora de Economia Doméstica chamada Marjorie Child Husted.
Em 1951, a empresa decidiu dar um rosto a essa voz e contratou uma artista chamada Adelaide Hawley para fazer de Betty na televisão.
Mas a cara de Betty já surgia impressa a partir de 1920 em vários anúncios. Até 1936 foi usada uma imagem que era um misto de pintura e de fotografia. Em 1955 a cara de Betty foi modificada e o mesmo aconteceu posteriormente por várias vezes. Em 1965 chegou a parecer-se com Jaqueline Kennedy, mas democratizou-se posteriormente.
Respondendo às suas perguntas Betty Croker deu confiança às suas leitoras que recebiam cartas assinadas e que em 1924 ganhou mesmo voz num programa de rádio onde eram dadas lições de culinária. A primeira pessoa a interpretar essa voz foi uma professora de Economia Doméstica chamada Marjorie Child Husted.
Em 1951, a empresa decidiu dar um rosto a essa voz e contratou uma artista chamada Adelaide Hawley para fazer de Betty na televisão.
Mas a cara de Betty já surgia impressa a partir de 1920 em vários anúncios. Até 1936 foi usada uma imagem que era um misto de pintura e de fotografia. Em 1955 a cara de Betty foi modificada e o mesmo aconteceu posteriormente por várias vezes. Em 1965 chegou a parecer-se com Jaqueline Kennedy, mas democratizou-se posteriormente.
Em 1950 foi publicado o seu
best seller «Picture Cook Book», de que aqui se apresenta a primeira edição. Ainda
hoje se podem adquirir dezenas de livros publicados com o nome desta autora,
que serviu igualmente para vender sopas e misturas em pó para bolos.
Em
Portugal aconteceu o mesmo quando Maria de Lurdes Modesto, a trabalhar para a Fima-Lever,
começou a assinar textos de culinária com o pseudónimo de Francine Dupré, numa
campanha publicitária feita pela Lintas para a Margarina Vaqueiro e não é caso único.
Por
aqui se conclui que a figura do escritor fantasma, que eu só descobri há alguns
anos através de um filme, pode ter mais sucesso que um verdadeiro escritor. Que
o digam as muitas figuras públicas que agora publicam livros com o seu nome,
sem nunca terem escrito uma linha.
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