Festejar o centenário do
nascimento de alguém é seguramente um bom indício. A memória dos homens é
curta, pelo que as excepções devem ser valorizadas. No caso de Louis Pasteur
que nasceu em 27 de dezembro de 1822, os franceses foram pródigos nas
comemorações do seu centenário.
Para o grande público é
sobretudo a pasteurização que se associa ao seu nome, isto é, o método utilizado
para destruir microrganismos patogénicos dos alimentos e que este cientista
implementou em 1864.
Mas devemos-lhe muito mais.
Para além das descobertas no campo da química, foi responsável por estabelecer
uma relação entre as bactérias e a infecção, cuja compreensão levou à redução
marcada de infecções cirúrgicas e outras e à redução das contaminações. Mas
descobriu também o método de atenuação dos vírus que levou à produção de
vacinas, a primeira das quais contra a raiva.
Comemorações do centenário de Pasteur. Foto Galica. |
Quando morreu no dia 28 de
setembro de 1895, em Villeneuve, em França, tinha já contribuído para mudar o
mundo e a forma de o compreendermos.
O banquete do centenário teve
lugar no dia 28 de Maio de 1923 no palácio de Versalhes, na galeria das
Batalhas, e foi servido pela conceituada Maison Charvin de Paris.
A decoração floral ficou a cargo dos laboratórios Georges Truffaut, de Versalhes, químico, descendente de uma família de jardineiros, cuja formação o tornou perito na alimentação de flores para as tornar mais belas.
Inauguração da Galeria da Batalhas |
A decoração floral ficou a cargo dos laboratórios Georges Truffaut, de Versalhes, químico, descendente de uma família de jardineiros, cuja formação o tornou perito na alimentação de flores para as tornar mais belas.
De cada lado da mesa central, a mesa de honra,
dispunham-se os outros convidados num total de 30 mesas para cada lado,
preenchendo quase totalmente a grande sala.
Dr. Josephus Jitta |
A sua ligação a França foi grande tendo chegado a receber uma medalha como comandante da Legião de Honra da
França. Possuía uma grande colecção de objectos curiosos e de obras de arte,
parte dos quais foram vendidos em França, num leilão em 1883, mas em 1934 fez
uma importante doação aos museus de França de várias obras de arte.
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