segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Lebre à Bernardine. Uma receita poética


Há muitas maneiras de escrever receitas. Mais simples ou mais elaboradas, quase todas correspondem a uma tipologia que está em moda na época.

Como já disse uma vez, a minha descrição das receitas é extremamente simples e aprendida na “escola” Isalita. Ultimamente dou-me ao luxo de fazer acrescentos a essa fórmula rápida. Depois de experimentada posso acrescentar: fica melhor se levar menos X de açúcar; não precisa de tanto tempo no forno, etc.

Mas não resisto a uma boa receita literária. Esta, que vinha no meio de um manuscrito, é um bom exemplo. O requinte dos pormenores, na sua pretensa simplicidade, revelam um gastrónomo empenhado que não se esquece mesmo de nomear os vinhos apropriados para acompanhar esta iguaria. 

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