Faz agora ano e meio que comecei a registar os pratos que comíamos cá em casa durante o período de confinamento.
Não cobri tão bem esta fase da
minha vida como devia e só a meio fotografei as ruas desertas de Lisboa. Também,
foi já tardiamente que abri uma pasta de ephemera
com os papéis e documentos da pandemia. Ainda assim, a tempo de guardar publicidade
adequada à situação, cartões relacionados com a vacinação, incluindo o pacote
de bolachas e a embalagem de água oferecidos, etc.
No total estão incluídas as
refeições feitas por mim e as compradas nos nossos dois fornecedores: o sr. Zé
da Rua das Flores e o sr. Cotrim de S. João da Talha, dois locais de comida
caseira feita com produtos de qualidade.
A propósito lembrei-me de um
registo de pratos, feito numa folha de calendário por pessoa desconhecida em
data incerta (anos 70?) que aqui mostro. Não sei se é um planeamento, tal como
encontramos nas agendas, se um registo do comido, mas achei muito adequado para
acrescentar aqui.
Ignoro se houve muitas pessoas
que tenham efectuado uma recolha do que comeram neste período tão especial, em
que o isolamento fez as pessoas dedicarem mais atenção à alimentação. Sei
também que este não é um registo vulgar, até porque nele figuram salgados e
doces antigos que foram feitos para as fotografias do meu próximo livro. De
todo o modo correspondem às nossas preferências.
Se tiverem interesse para alguém
que consiga arranjar outras listas, estão disponíveis para estudo.
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