O desafio parecia-me fácil
sobretudo porque, apesar de lavada a peça, ficaram ainda alguns vestígios da
teína.
É minha preocupação utilizar
os termos correctos das palavras, neste caso dos utensílios de uso doméstico.
A designação “infusor”
pareceu-me adequada, descrevendo-a como um tipo de filtro para o chá. No seu
interior são colocadas as folhas secas e é introduzido na água quente para
fazer o chá e este ficar sem folhas. Pessoalmente, apesar de os achar
muito atraentes, dispenso-os e prefiro utilizar as folhas soltas e aguardar que
assentem no bule.
Pode-se considerar os
infusores de chá como os percussores das saquetas de chá. Foram muito utilizados no século XIX, em especial pelos ingleses que usavam um tipo de chá proveniente
da Índia, mais moído, se comparado com as folhas dos chineses. Podem ter formas
variadas, as mais frequentes em bola ou ovo, mas podem apresentar-se com
imensos modelos. Gosto especialmente das casinhas.
Durante o século XX surgiram
modelos de design extremamente divertidos, como o preguiçoso, o submarino
amarelo ou o escafandrista, por exemplo.
Embora o mais frequente seja
apresentarem-se suspensos por uma cadeia, podem ter a forma de uma colher dupla
ou outro tipo de suportes, como braços ou argolas, que permitem suspendê-los no
bordo do recipiente.
Dadas as grandes dimensões
deste robot experimentei-o em vários utensílios para descobrir de que tipo de
infusor se tratava.
Como podem ver não se destina
a bules, porque não permitiria colocar a tampa. Também não serve para colocar
numa chávena, porque o corpo do robot é grande demais.
Por fim experimentei com uma
caneca e confirmei que é um infusor de chá para canecas. Foi muito utilizado e
apresentava-se castanho, tanto no exterior como no interior. Ainda hoje se
encontra à venda e é um produto de design Kikkerland.
P. S. Não confundir com outro
tipo de filtro, o passador de chá, muito
mais antigo, usado de modo diferente e que
tem sempre uma forma aberta.
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