A expressão “bom de assoar” estava
já esquecida na minha memória. Usa-se raramente, o que é fácil de explicar: as
pessoas conhecem cada vez menos ditados, expressões idiomáticas, ditos
regionais, etc. Antigamente os livros na Escola não só nos ensinavam estas
expressões, como nos estimulavam ao conhecimento de mais. Era uma alegria
conhecer novos termos e ditados.
A frase usa-se habitualmente
na negativa “não ser bom de assoar” e aplica-se a uma pessoa de difícil tracto,
o que significa ter mau feitio; ter maus fígados.
Tem
seguramente mais de 50 anos e é espantoso que tenha chegado até hoje íntegro,
com os seus lenços que, além disso, nos obrigam a retirá-los para ler a
história.
O mosquito é vencedor e sai
triunfante da luta mas, cego pela vitória, vai contra uma teia de aranha e
perde a vida.
É no final uma história triste
mas que tem uma moral (como então era costume) e que era a seguinte: «Nunca
devemos perder a cabeça com os nossos triunfos».
Como as vitórias são relativas
e que falta faziam estes ensinamentos a muitas pessoas!
P.S. Podíamos ainda acrescentar outra expressão: «Pois assoem-se a este lenço», que é com quem diz : ora toma lá. Expressão pelos vistos mais rara porque não faz parte da lista do Dicionário referido.
P.S. Podíamos ainda acrescentar outra expressão: «Pois assoem-se a este lenço», que é com quem diz : ora toma lá. Expressão pelos vistos mais rara porque não faz parte da lista do Dicionário referido.
Bibliografia:
Almeida,
José João. (2019). Dicionário aberto de
calão e expressões idiomáticas José João Almeida. Disponível em https://natura.di.uminho.pt/~jj/pln/calao/dicionario.pdf
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