No nosso dicionário gastronómico
«Do comer e do falar…» definimos ágar-agar como: «Goma ou colóide hidrofílico
extraído de algas marinhas da classe das rodofíceas, tais como Gelidium L., Gracilaria L. e de outras
algas vermelhas; apresenta-se sob a forma de barra ou em flocos e é uma mistura
de polisacáridos de agarose e agaropectina; serve como gelificante rápido mesmo
à temperatura ambiente; derrete a 85ºC e após a dissolução deve ferver 3-5
minutos.
Do ponto de vista nutricional, funciona como uma fibra alimentar, por
ter baixa digestibilidade e consequentemente um valor energético baixo. Gelose.»
Algas vermelhas. Foto tirada do blog Plant Life |
Informativo mas pouco atraente
sobretudo se o compararmos com a deliciosa história infantil intitulada «O
famoso Ágar-ágar».
Achei curioso este pequeno
livrinho de histórias, de pequenas dimensões, da colecção Juvenil Bambina. A
narrativa é maravilhosa e nas suas 6 folhas, sem gravuras, conta-nos como o
pobre Agar-Agar, cordoeiro, casado e com cinco filhos passou a rico na
sequência da aposta de dois amigos Set e Sat. A história passa-se na Índia onde
o grande califa Casbá foi tomado de curiosidade ao ver um grande palácio que
pertencia ao nosso herói.
Embora no início tenha recebido
um saco de moedas de ouro de um dos apostadores, rapidamente o veio a perder, quando
um milhano lhe roubou o turbante onde havia guardado as moedas. Sucedem-se várias
peripécias que justificam o enriquecimento deste homem com nome de gelatina,
que manteve contudo a sua simplicidade.
História da autoria de Feral Só |
A história demasiado longa
para aqui a contar é da autoria de Henriette, provavelmente um nome fictício tal
como os dos restantes autores desta colecção, cujos outros nomes: Agallogay, Feral
Só e Jovit completam o elenco misterioso.
Além deste livro Henriette escreveu
«Baniko e as suas malaguetas» e «A princesa do mar verde», todos publicados em
1955 pelas edições H.G., 1955.
A colecção completa tinha 10
volumes e cada um dos livros incluía um pequeno cromo para recortar, colorir e
colar no Albúm Gigante da História de
Portugal, que provavelmente nunca chegou a existir.
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