Com a publicação do livro «A
vida e as receitas do Abade de Priscos» acercamo-nos finalmente de uma figura
vaga e indefinida que apenas associávamos ao pudim de Abade de Priscos.
Pela mão de Mário Vilhena da
Cunha, seu descendente e colector do espólio remanescente e de Fortunato da
Câmara, cujo interesse pelo tema já havia sido revelado na sua obra anterior,
resultou um trabalho muito interessante e raro na nossa escrita sobre a história
da alimentação no nosso país.
Fruto de uma investigação rigorosa, o livro faz-nos percorrer a vivência deste homem surpreendente, Manuel Joaquim Machado Rebelo, que a par da sua actividade religiosa se interessou por culinária de tal modo que se tornou uma referência nos importantes banquetes que eram realizados na região Norte. Chamado para elaborar importantes almoços e jantares, laicos ou ligados à Diocese de Braga. Foi também a ele que recorreram quando o rei D. Luís e a família real visitaram o norte do país em 1887.
Os seus menus, escritos em francês, ao gosto da época em nada se distinguiam dos da Casa Real. O Padre Machado Rebelo estava ao nível dos melhores cozinheiros da época. Conviveu com alguns deles, como João da Matta o mais famoso do seu tempo e ele próprio autor de um livro de receitas. Mas também trocou correspondência com outros como o cozinheiro Silva, que dirigia o afamado restaurante Club, em Lisboa.
Fruto de uma investigação rigorosa, o livro faz-nos percorrer a vivência deste homem surpreendente, Manuel Joaquim Machado Rebelo, que a par da sua actividade religiosa se interessou por culinária de tal modo que se tornou uma referência nos importantes banquetes que eram realizados na região Norte. Chamado para elaborar importantes almoços e jantares, laicos ou ligados à Diocese de Braga. Foi também a ele que recorreram quando o rei D. Luís e a família real visitaram o norte do país em 1887.
Os seus menus, escritos em francês, ao gosto da época em nada se distinguiam dos da Casa Real. O Padre Machado Rebelo estava ao nível dos melhores cozinheiros da época. Conviveu com alguns deles, como João da Matta o mais famoso do seu tempo e ele próprio autor de um livro de receitas. Mas também trocou correspondência com outros como o cozinheiro Silva, que dirigia o afamado restaurante Club, em Lisboa.
Abade de Priscos com a família |
Uma das formas usadas para o famoso pudim |
Vale a pena ler o livro
atentamente, talvez já não tanto pelas receitas porque tanto ansiávamos porque
os tempos mudaram e os gostos também, mas pela materialização de uma figura
importante na história da culinária portuguesa, desabrochado numa pequena terra
da província, Priscos, que só conhecemos porque permanece até hoje o pudim
criado ou adaptado por si. Porque é a criação ou a interpretação própria que
faz um grande cozinheiro.
Uma das receitas e á direita um dos pratos de serviço com a sua identificação |
Não temos muitas destas
pessoas no nosso país, por isso é importante uma obra que recupera estas
histórias e, no caso concreto, materializa uma figura que alguns pensavam não
ter existido.
Nota: Todas as imagens foram extraídas do livro.
1 comentário:
Terei de ler sim!
Enviar um comentário