O meu poste natalício comemorativo deste ano é com o anúncio do «Licor Natal».
Em 5 de Setembro de 1932 entrava na Repartição da Propriedade Industrial um pedido da empresa “Salgado & Martins, Lda” para registo da marca «Ginjinha Popular». No ano seguinte, em 27 de Maio de 1933, era passado o Título de Registo do Nome de Ginjinha Popular, firma comercial portuguesa com sede na Rua Eugénio dos Santos, 61.
Ainda hoje lá existe o estabelecimento, onde no interior se pode ver um reclame publicitário à casa. Embora mantenha o nome foi transformada em café.
Durante anos a Ginjinha Popular vendeu, para além da ginjinha, vários licores, entre os quais o aqui apresentado «Licor Natal».
Nos anos 60 a casa «Ginjinha Popular» foi comprada pelos proprietários da vizinha «Manteigaria Londrina» e entregue em exploração a dois sócios. A sociedade não correu bem e, nos anos 70, já só restava um dos sócios de nome Adolfo. Foi nos anos 70 que aí foi admitido o sr. Alípio Ramos que me forneceu muitos dos dados que consegui apurar. Hoje é proprietário da Frutaria Bristol, sobre a qual falarei um dia destes.
O sr. Alípio recorda ainda a venda de capilé, groselha e salsaparrilha vendida ao balcão, à caneca, misturada com soda. Nessa altura já não existia o Licor Natal. Embora ainda se vendesse ginginha e outros licores, a produção já não era própria mas adquirida à firma José d’Oliveira Salgado, Lda, que ainda produz a Ginja Rubi.
Interior da Ginjinha Popular vendo-se um dos sócios actuais |
É provável que este licor tenha dado a ideia para a realização de um outro licor, neste caso de banana, vendido em garrafa de vidro pintada, com o feitio do Pai Natal. Foi comercializada pela firma Caldeira Ldª, de Lisboa e dela apresento este exemplar que tive a sorte de encontrar.
Um Feliz Natal para todos, mesmo sem Licor Natal
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