Utilizei no título a palavra "Chutney", apesar de ser de origem anglo-saxónica, por ser a mais divulgada. Para ser mais correcta eu devia ter escrito Chetnim, que é o étimo indo-português usado no antigo Estado da Índia, em Goa, Damão e Diu que, por sua vez, derivou da palavra hindu Chatni.
Embora haja vários tipos de chutney pode dizer-se, para simplificar, que é um acompanhamento agridoce, a que se adiciona ou não picante. Esta conserva, porque se trata de um produto que pode ter longa duração, é originária da Índia e resulta de uma mistura de fruta, legumes, condimentada com especiarias, a que se adiciona açúcar e vinagre, o que lhe confere um agradável sabor ao mesmo tempo doce e azedo. Este tipo de chutney serve para acompanhar caril, mas é óptimo com qualquer prato de carne, em especial com carne de porco assada.
Embora fossem os ingleses os responsáveis pela sua divulgação no ocidente, quando regressaram da sua colónia asiática trazendo o gosto pelo caril, pelas especiarias e pelos alimentos acridoces, a divulgação do chutney no Reino Unido deu-se sobretudo a partir século XIX. Ainda hoje podemos constatar, ao ver um programa de culinária inglês, o excesso e profusão de especiarias utilizados num só prato. Também a industria alimentar fez com que fosse fácil adquirir em qualquer ponto do Reino Unido um frasco de chutney, ou uma especiaria asiática. Um desses chutneys o “Major Grey's”existe desde o início do século XIX, mas presentemente existem muitas outras marcas comerciais.
Ainda me lembro quando nos anos 70 ia a Londres de trazer caril e chutneys, numa época em que ainda não estavam disponíveis em Portugal.
Mas falemos do papel dos portugueses que, a partir do século XVI, e durante a sua permanência no Estado da Índia Portuguesa influenciaram a cozinha local, do mesmo modo que os alimentos portugueses sofreram a influência indiana. Um desses exemplos é o Chetnim de bacalhau (ou chutney de bacalhau) que é um prato típico da culinária indo-portuguesa de Goa, Damão e Diu. Pela sua constituição base só podia ser português. Leva bacalhau salgado, cebola e banha, bem à portuguesa, mas a que se acrescenta açafrão, pimenta, coco e malaguetas. Não se trata no entanto um acompanhamento, mas de um prato principal, servido normalmente acompanhado de arroz. Esta referência ao chutney deve-se ao facto de esta semana ter saído da minha preguiça culinária e ter feito um Chutney de manga.
Utilizei 3 mangas grandes, 4 maçãs Granny Smith (pode usar-se qualquer maçã dura), 1 fatia de abóbora, 2 alhos picados, 2 pedaços de raiz de gengibre fresco, 1 chávena e meia de corintios, ½ Kg de açúcar mascavado, 1/2 litro de vinagre de vinho, 1 col. chá de mostarda, 1 col. café de pimenta de caiena, 5 cravos de cabeça, 1 col. chá de coentro em pó e 1 pau de canela.
A confecção é simples. Começa-se por cortar a fruta e a abóbora aos quadrados, rala-se a raiz de gengibre e picam-se os alhos. Junta-se o açúcar, as especiarias e rega-se com o vinagre. Leva-se ao lume pelo menos durante uma hora ou até ficar com aspecto apurado. Põe-se em frascos. Pode ser comido de imediato, mas melhora ao fim de 2 meses.
O resultado é óptimo e a receita fácil. Ainda assim, se não quiser ter este trabalho, que vale a pena, aconselho a marca comercial “Tiger” (Fruit & Nuts chutney), que comprei no supermercado indiano do Martim Moniz. No próxima refeição de carne, assada ou frita, acompanhe com um pouco de chutney e a refeição será mais agradável.
Embora haja vários tipos de chutney pode dizer-se, para simplificar, que é um acompanhamento agridoce, a que se adiciona ou não picante. Esta conserva, porque se trata de um produto que pode ter longa duração, é originária da Índia e resulta de uma mistura de fruta, legumes, condimentada com especiarias, a que se adiciona açúcar e vinagre, o que lhe confere um agradável sabor ao mesmo tempo doce e azedo. Este tipo de chutney serve para acompanhar caril, mas é óptimo com qualquer prato de carne, em especial com carne de porco assada.
Embora fossem os ingleses os responsáveis pela sua divulgação no ocidente, quando regressaram da sua colónia asiática trazendo o gosto pelo caril, pelas especiarias e pelos alimentos acridoces, a divulgação do chutney no Reino Unido deu-se sobretudo a partir século XIX. Ainda hoje podemos constatar, ao ver um programa de culinária inglês, o excesso e profusão de especiarias utilizados num só prato. Também a industria alimentar fez com que fosse fácil adquirir em qualquer ponto do Reino Unido um frasco de chutney, ou uma especiaria asiática. Um desses chutneys o “Major Grey's”existe desde o início do século XIX, mas presentemente existem muitas outras marcas comerciais.
Ainda me lembro quando nos anos 70 ia a Londres de trazer caril e chutneys, numa época em que ainda não estavam disponíveis em Portugal.
Mas falemos do papel dos portugueses que, a partir do século XVI, e durante a sua permanência no Estado da Índia Portuguesa influenciaram a cozinha local, do mesmo modo que os alimentos portugueses sofreram a influência indiana. Um desses exemplos é o Chetnim de bacalhau (ou chutney de bacalhau) que é um prato típico da culinária indo-portuguesa de Goa, Damão e Diu. Pela sua constituição base só podia ser português. Leva bacalhau salgado, cebola e banha, bem à portuguesa, mas a que se acrescenta açafrão, pimenta, coco e malaguetas. Não se trata no entanto um acompanhamento, mas de um prato principal, servido normalmente acompanhado de arroz. Esta referência ao chutney deve-se ao facto de esta semana ter saído da minha preguiça culinária e ter feito um Chutney de manga.
Utilizei 3 mangas grandes, 4 maçãs Granny Smith (pode usar-se qualquer maçã dura), 1 fatia de abóbora, 2 alhos picados, 2 pedaços de raiz de gengibre fresco, 1 chávena e meia de corintios, ½ Kg de açúcar mascavado, 1/2 litro de vinagre de vinho, 1 col. chá de mostarda, 1 col. café de pimenta de caiena, 5 cravos de cabeça, 1 col. chá de coentro em pó e 1 pau de canela.
A confecção é simples. Começa-se por cortar a fruta e a abóbora aos quadrados, rala-se a raiz de gengibre e picam-se os alhos. Junta-se o açúcar, as especiarias e rega-se com o vinagre. Leva-se ao lume pelo menos durante uma hora ou até ficar com aspecto apurado. Põe-se em frascos. Pode ser comido de imediato, mas melhora ao fim de 2 meses.
O resultado é óptimo e a receita fácil. Ainda assim, se não quiser ter este trabalho, que vale a pena, aconselho a marca comercial “Tiger” (Fruit & Nuts chutney), que comprei no supermercado indiano do Martim Moniz. No próxima refeição de carne, assada ou frita, acompanhe com um pouco de chutney e a refeição será mais agradável.
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