É sobre esta última que falaremos a propósito de uma ementa.
A refeição foi servida em Torres Vedras a 22 de Agosto de 1926. Ainda muito ao gosto francês, que imperara no século XIX nas mesas requintadas, apresenta-se toda escrita em francês. Era constituída por Poisson, Entrée, Entremet e seguida de Dessert, e os pratos que a compunham encontram-se descriminados no verso.
A face anterior da ementa tem um grafismo Art Deco e foi feita na Litografia de Portugal, em Lisboa. Nela a “Garrett” é designada por Patisserie et Restaurant.
Qual era esta Garrett?
Mário Costa no «Chiado Pitoresco e Elegante» refere-se à Casa Garrett, situada no Chiado, no local onde viria a instalar-se o Hotel Borges, uma pastelaria do italiano Rembado que, em 1885, se transferiu para a Rua dos Capelistas tomando o nome Patisserie Garrett.
Mas em 1918 foi inaugurado no Chiado, no Largo das Duas Igrejas, a Pastelaria Garret, também conhecida por A Garrett do Chiado. Situava-se no prédio onde esteve a livraria do Diário de Notícias e está hoje a Maison Hermes.
Foi restaurante, pastelaria e casa de chá sendo um local muito concorrido pela sociedade lisboeta, onde era servido chá e havia concertos diários de boa música. Este local de encontro das «primeiras elegâncias femininas», nas palavras do Dr. João Ameal, foi à falência em 1934.A face anterior da ementa tem um grafismo Art Deco e foi feita na Litografia de Portugal, em Lisboa. Nela a “Garrett” é designada por Patisserie et Restaurant.
Qual era esta Garrett?
Mário Costa no «Chiado Pitoresco e Elegante» refere-se à Casa Garrett, situada no Chiado, no local onde viria a instalar-se o Hotel Borges, uma pastelaria do italiano Rembado que, em 1885, se transferiu para a Rua dos Capelistas tomando o nome Patisserie Garrett.
Mas em 1918 foi inaugurado no Chiado, no Largo das Duas Igrejas, a Pastelaria Garret, também conhecida por A Garrett do Chiado. Situava-se no prédio onde esteve a livraria do Diário de Notícias e está hoje a Maison Hermes.
Para mim está instalada a dúvida, tanto mais que desconheço quando terminou a Patisserie Garrett da Rua dos Capelistas.
Por coincidência encontrei em arquivo menção a uma partitura de um fox trot “Foxy Maid”, da autoria de José Maria Navarro, publicado pela Sassetti e que foi um grande êxito do Quinteto Iberia, da Patisserie et Restaurant A Garrett.
Este achado faz-me pensar que é provável que a nova Pastelaria Garret, acompanhando a moda da utilização de língua francesa nas actividades sociais, tenha absorvido a designação da anterior casa, provavelmente já desaparecida. A falta de tempo para uma avaliação mais profunda, pode vir a revelar-me estar enganada. Se tal acontecer darei a mão à palmatória.
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