A maior parte dos paliteiros
são facilmente identificáveis. Feitos de diversos materiais e de formas
variáveis, foram sempre apreciados. Não encontramos infelizmente, descrições
sobre a forma de os colocar sobre as mesas ou representações do seu uso à mesa.
Por razões óbvias os palitos foram usados desde o
início da humanidade e chegaram a ser feitos em metais preciosos. Contudo, a
divulgação dos paliteiros deu-se apenas no início do século XIX quando aumentou a produção,
manual ou industrial, dos palitos em madeira.
Palito portátil já apresentado. Ver Objecto Mistério Nº13 |
O seu uso sobre a mesa
tornou-se moda sobretudo na Europa, por vezes fazendo parte de conjuntos com os
saleiros e pimenteiros. A partir de meados do século XX começaram a ser menos
populares e nas últimas décadas, abandonaram as mesas e hoje só se podem observar em
vitrines, quando dignos dessa honra.
Os paliteiros de um modo geral apresentam-se de duas formas: com uma base perfurada (mais frequentes nos feitos em ceramica ou metal) ou com um recipiente onde se guardam os palitos. São sobretudo deste tipo os paliteiros em vidro, tornando a sua identificação mais complicada.
Pormenor de um catálogo que nos mostra que o mesmo objecto podia servir para paliteiro ou fosforeira |
A dificuldade é distingui-los
dos suportes para fósforos, dos oveiros, das pequenas jarras, dos afiadores de
penas, porque muitas vezes a forma era a mesma, só se distinguindo pela
legenda dos catálogos dos fabricantes.
Afiador de canetas, preenchido com arames verticais, onde coloquei penas |
Neste caso concreto a sua
forma é mais rara, uma vez que apresenta um pé, podendo confundir-se com um
cálice. A espessura das paredes, que lhe dá maior estabilidade, torna-o
inadequado para levar aos lábios.
A cavidade é demasiado pequena para conter
flores ou um ovo e lembrei-me de já ter visto paliteiros com este formato. Os
catálogos que consultei não me permitiram identificar a fábrica. Parecia-me
Baccarat, mas não o consegui provar.
Mas o teste dos palitos não
nos deixa com dúvidas.
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