Jerónimo Cortez (1555-1615)
foi um escritor e matemático espanhol que se pensa ter nascido em Valencia onde
publicou pela primeira vez, Fisonomía natural y varios secretos de
naturaleza, em 1598, na casa de Juan Crisóstomo Garriz.
Este livro foi reeditado em Tarragona em 1609; em Barcelona em 1610; em Alcalá
de Henares em 1612; novamente em Barcelona em 1614 e em 1741 e ainda continuou
a ser publicado em 1821.
Antes já havia publicado um
tratado matemático Tratado del cómputo
por la mano (Valencia, 1591) e o Compendio
de reglas breves (Valencia, 1594).
Mas a sua obra mais conhecida
foi o O Non Plus Ultra do Lunario e
Prognostico Perpetuo..., conhecido simplesmente por Lunario perpetuo (Valencia, 1582), a que se seguiu a Aritmética práctica (Valencia, 1604).
Tanto o Lunario como a Fysionomia
foram traduzidos para português e tiveram igualmente um enorme sucesso
editorial tanto em Portugal como no Brasil, sempre aprovados pela Igreja, como
já tinha acontecido em Espanha.
O livro Fysionomia e varios segredos da Natureza;
contém cinco tractados de differentes materiaes, resumia todo o
conhecimento de ciência naturais disponível no final do século XVI e a forma
como estava escrito, com revelação de segredos em forma de receitas, tornou-o
apelativo para um vasto público mais culto mas também ajudou a disseminar
conhecimentos na população em geral.
Innocencio
Francisco da Silva, no Diccionario
Biobibliographico Portuguez, sobre a obra Fysionomia e varios segredos da Natureza, refere a edição feita em Lisboa,
por Miguel Menescal, em 1699, a de 1786, de Lisboa, na Off. de Domingos
Gonçalves em 1786 e outra de 1792, publicada
na Off. de Francisco Borges de Sousa. Inocêncio refere a penas as edições que
viu acrescentando a de 1844 impressa em Lisboa, na Typ. de Mathias José Marques
da Silva, mas sabemos que existiu uma em 1815 e outra em 1831.
Não mencionou igualmente a edição
que temos em nosso poder, de 1706, publicada na Officina de Joseph Antunes da
Silva em Coimbra.
Tudo isto é para lhes divulgar
o «Segredo para que hum frangão, estando vivo, pareça morto e assado na meza, e
outro segredo para o fazer saltar, e fugir».
Como o saber não ocupa lugar,
aproveitem!
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