Estou a preparar uma
comunicação sobre saleiros que farei na Casa Museu Anastácio Gonçalves (CMAG) em
Outubro. Ainda falta muito tempo mas aprendi que as comunicações se fazem pelo
menos com um mês de antecedência e depois se fecham para só tornar a pegar
nelas perto da altura da apresentação.
O título será «Saleiros: simbologia
e funcionalidade» e o tema será o desenvolvimento deste assunto a propósito dos
saleiros da CMAG. Quando nos debruçamos sobre um assunto descobrimos que não
sabemos nada. Depois vamos, lentamente, construindo um puzzle. O resultado
final, quando as peças se começam a encaixar é fantástico.
Para abrir um pouco o véu
mostro-lhes esta pintura holandesa do final do século XVII, de autor
desconhecido, em que a cliente, acompanhada de uma criança, escolhe um saleiro,
no interior de uma ourivesaria.
Saleiros de prata do séc. XVIII. Alemanha |
Na mão um exemplar coberto do
tipo caixa circular, com pé, atrai as suas atenções. Um outro semelhante, ligeiramente
mais alto e elaborado, encontra-se dentro de uma vitrina. A escolha contudo
será feita entre o primeiro e o pequeno saleiro aberto, descrito como cilíndrico com
as extremidades alargadas, que foi muito comum no século XVII, depois de 1630 e
na primeira metade do século XVIII.
A peça que se encontra na
extremidade do balcão poderia igualmente ser um saleiro, mas a suas dimensões,
coloração (estamos numa ourivesaria) remetem-nos mais para uma caixa de pesos,
em que alguns deles se encontram no exterior.
Em tempo de férias é uma forma
de viajar até à Holanda do século XVII e entrar sorrateiramente numa pequena
loja sombria.
2 comentários:
Estou à espera da comunicação. Continuação de boas férias.
Bj.
Ivete
Ivete,
Terei muito gosto em reencontrá-la. Bj.
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