Foto do Museu de Portimão |
Caixas de figos secos algarvios. Museu de Portimão |
Esteira de cana. Museu de Portimão |
Os figos eram depois secos sobre esteiras de cana ou funcho em eiras designadas almanxares ou almeixares. Mais modernamente quando a produção reduziu eram também secos nas açoteias das casas algarvias.
No século XIX a exportação de
figos secos era ainda importante. Em forma de homenagem a um natural da terra,
o 7º Presidente da República Manuel Teixeira Lopes, descobrimos no Museu de
Portimão uma outra faceta deste homem multicultural, como produtor e exportador
de figos secos.
Na realidade esta actividade recebeu-a de seu pai José Libânio
Gomes que em 1845 visitou Ruão para aprender os segredos do comércio de figos
secos. Em 1849 começou em Portimão o seu negócio. Da boa qualidade destes
atestam os prémios recebidos em Exposições Internacionais como a de Londres de
1851, a de Paris de 1855 e em 1894 fez parte da Comissão da secção Portuguesa à
Exposição Universal de Anvers[1].
Entretanto formou com
outros sócios locais, em 1891, uma sociedade intitulada "Sindicato de
Exportadores de Figos do Algarve", que durou três anos.
Biografia de Manuel Teixeira Lopes. Museu de Portimão. |
Variedades de figos secos. Museu de Portimão |
Banquete de homenagem a Teixeira Lopes em Londres aquando da sua nomeação para Presidente da República. Museu de Portimão |
[1] http://arepublicano.blogspot.pt/2016/10/jose-libanio-gomes.html
1 comentário:
Parece que Manuel Teixeira Gomes era uma personalidade muito rica. Faz tempo que ando para ler a sua escrita li que se cresce com ela. Admiro sempre aqueles que abdicam do Poder voluntariamente quando aquilo que os move é uma forma superior de entendimento da ética. Parece que foi o caso. Já o Lopes era Craveiro de outra lavra. Mas dizem que tinha coragem, que não se lhe pegava nada às mãos e que ao Sal tinha azar.
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