Nas décadas de 1950-1960 as
empresas tinham preocupações com a divulgação dos seus produtos de uma forma
completamente diferente da dos nossos dias.
Não existia ainda o
marketing mas os comerciantes e fabricantes sabiam que lhes era vantajoso fazer
publicidade dos produtos que produziam ou comercializavam.
Durante mais algumas
décadas, e até à mudança da legislação, os brindes aos clientes eram uma
constante. Eram gentilezas que serviam para lembrar o nome da firma num período
mais prolongado, que ia para além do
acto da compra. Outra forma de o fazer era participando nas actividades locais e este é um desses exemplos.
Em Loulé, provavelmente
nos finais da década de 1950, a firma M. Brito da Mana, estabelecida em Loulé e
com filial na Quarteira, participou no corso de Carnaval com um carro alegórico
onde publicitava a ginja e o licor Eduardino da Casa Cima, da rua das Portas de
Santo Antão, em Lisboa, de que era «o único representante no Algarve».
Sobre uma carrinha de caixa
aberta, ornamentada com flores de papel, dez jovens vestidos com blusas de seda
atiravam aos observadores presentes, possivelmente flores ou rebuçados.
Garrafa antiga e moderna do Licor Eduardino |
De cada um dos lados eram publicitados os licores referidos e na
traseira da carrinha o nome do depositário. Uma forma de festejo simples, à
portuguesa, quando ainda não tínhamos sido invadidos pelo carnaval brasileiro.
4 comentários:
Não sou um alcoólico. Mas bem me lembro, na década de 60, nos meus passeios pela Baixa de Lisboa, aos domingos à tarde, era um ritual tomar um "Eduardino" na rua do Coliseu (Portas de Santo Antão). Lembrei-me agora disso com a sua postagem.
Os meus cumprimentos,
Anónimo
Para muitos lisboetas continua a ser um ritual embora hoje seja a ginjinha a mais consumida.
Cumprimentos
João josé Horta Nobre,
Acho que nunca experimentei licor de alfarroba, mas no que respeita a licores a imginação humana não tem limites. Cumprimentos
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