Apresenta-se a imagem de um painel publicitário em azulejo, existente na fachada de uma padaria na Coimbra antiga.O painel publicita bolachas da Nacional e, como se consta num dos cantos, foi produzido pela Fábrica Aleluia.
Infelizmente encontra-se maltratado, atravessado por um tubo e “decorado” com autocolantes.
Em 1905 João Aleluia, inicialmente com quatro amigos e mais tarde sozinho iniciou um projecto da Fábrica Aleluia. Situada no Largo dos Santos Mártires, em Aveiro, passou em 1917 para a Rua do Cais da Fonte Nova, igualmente em Aveiro.Em 1922 a empresa passou a ser denominada Aleluia. Em 1935 morre João Aleluia, mas a fábrica continua em laboração sob a acção da viúva e dos dois filhos, Gervásio e Carlos, que, em 1941 constituem a firma Aleluia & Aleluia.
Com a aquisição da empresa Olarias Aveirense para além da produção de azulejos, passaram a produzir artigos sanitários.
São dos anos 40-60 as interessantes produções em cerâmica decorativa hoje difíceis de encontrar. São também dessa época vários painéis publicitários que até há poucos anos se podiam encontrar dispersos pelo país e que, a pouco e pouco, foram desaparecendo.
Este painel com as bolachas da Fábrica Nacional é um desses exemplos.A fábrica Nacional fundada em 1849 por João de Brito, obteve da rainha D. Maria II, autorização para a utilização da marca Nacional nos seus produtos. Em 1879 os herdeiros do fundador constituem a empresa com o nome de Companhia Nacional de Moagem. Nessa data os cereais passaram a ser utilizados para a produção de massas e bolachas.
A partir dos anos 40 houve um investimento em publicidade dos seus produtos.
No painel publicitário agora apresentado, concretiza-se o feliz encontro de duas fábricas centenárias nacionais, daquelas que os portugueses sentem orgulho: a Aleluia e a Nacional.
2 comentários:
Laura disse:
Mais uma vez obrigada por chamar a atenção para um pedacinho que é de todos nós. É pena ver estas memórias sem qualquer interesse por parte dos proprietários das casas e das próprias autarquias. Enfim, terra somos...
Felizmente que há mais pessoas que valorizam estas pequenas coisas, como é o seu caso.
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