Mais conhecidas em Portugal por cantigas de roda ou cirandas, são muito importantes na aprendizagem das crianças. Têm como característica serem cantadas em rima, o que facilita a sua aceitação e memorização e são habitualmente cantadas em movimento ou com associação de gestos.
Em Portugal a mais conhecida , nos nossos dias, talvez seja «Atirei o pau ao gato», mas os ingleses têm um grande número deste tipo de canções.
Paula Rego foi sensível a este tema e em 1989 apresentou uma primeira exposição intitulada Nursery Rhymes, em Londres, na Marlborough Graphics Gallery e, em 1990, em Lisboa na Galeria 111.
Desta exposição foi publicado um livro com o mesmo título, que reúne essa fase da sua obra.
A «Dama de Copas» (Queen of Hearts) tem sido apresentada de diversas formas gráficas desde a sua primeira impressão em 1782, mas seria a obra de Lewis G. Carroll no livro «Alice no país das maravilhas», publicado pela primeira vez em 1805, que mais a divulgaria.
Conta a história de uma rainha, a Dama de Copas, que fez umas tartes para o seu rei.
O Valete de Copas roubou-as e levou-as.
O Rei descobriu e bateu-lhe.
O Valete devolveu as tartes e prometeu nunca mais roubar.
Se bem que a história tenha um conteúdo moral, o mais importante é a rima, que entra no ouvido das crianças.
O mais engraçado, e que justifica este e o anterior post, é que, nas várias representações, as tartes são apresentadas como pequenas bolachas redondas, com doce no centro, fazendo lembrar as Bolachas Francesas, o que veio a dar origem ao poste anterior e a esta sequência natural com a apresentação da história.
E para terminar só quero acrescentar que o mesmo tema tem sido também muito utilizado na louça infantil, onde surge representada parte da história, como é o exemplo da caneca apresentada.
E para terminar só quero acrescentar que o mesmo tema tem sido também muito utilizado na louça infantil, onde surge representada parte da história, como é o exemplo da caneca apresentada.
2 comentários:
Que engraçada esta ligação que detectou. Confesso que, desde o post anterior, ando com vontade de comer bolachas francesas.
Quanto às cirandas ando a treinar com a minha sobrinha neta. Embora nunca saiba distinguir as cirandas das lengalengas e acabo por trocar sempre tudo.
Devo confessar que não sou especialista no tema mas penso que a maior diferença entre as cirandas e as lengalengas é que as primeiras são sempre acompanhadas de movimento, enquanto que as segundas são discursos ritmados monótonos e repetitivos. Ambas são óptimas para a aprendizagem infantil.
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