Sim é verdade, a foto é de uma planta de Physalis como acertou o "Pirata Vermelho".
A Physalis (L.) pertence á família das Solanaceae, de que também fazem parte os tomates e as batatas.
É uma planta arbustiva que produz frutos redondos, semelhantes a pequenos tomates, de cor que varia do amarelo até alaranjado, envolvidos por uma capa de protecção parecida com um balão, chamado cálice. Cada planta pode dar 2 a 4 quilos de frutos.
É originária da Amazónia e do Andes e tem sido usada tradicionalmente como erva medicinal no Peru e no Brasil. O mais interessante é que há estudos fitoquímicos recentes que mostram que alguns dos seus constituintes, em que se incluem flavonóides, alcalóides e diferentes tipos de esteróides vegetais, alguns dos quais desconhecidos pela ciência, tem um eficaz efeito de estimulação imune. Para além de serem tóxicos para alguns linhagens de células cancerosas e de células leucémicas, têm propriedades anti-microbianas e antivirais.
Para isto não parecer uma afirmação pouco cientifica cito o artigo «Supercritical carbon dioxide extract of Physalis peruviana induced cell cycle arrest and apoptosis in human lung cancer H661 cells», da autoria de Wu SJ, Chang SP, Lin DL, Wang SS, Hou FF, Ng LT , e foi publicado na Food Chem Toxicol. 2009 Jun;47(6):1132-8.
Os autores confirmaram que os extractos da Physalis peruviana L. induziam paragem celular na fase S das células do cancro do pulmão e induziam apoptose, através da via dependente do p53. Concluíram que estes resultados forneceram um importante aporte para o potencial uso destes produtos na prevenção do cancro.
Estes dados vêem fundamentar o seu uso empírico pelos índios, desde há vários séculos.
Na realidade na sociedade ocidental é o seu fruto que é utilizado na alimentação .
A Physalis (L.) possui variedades cultivadas na América, Europa e Ásia.
Na Colômbia é conhecida como Uchuva e no Japão como Hosuki.
No Brasil é designada camapum, joá-de-capote, saco-de-bode, bucho-de-rã e mata-fome.
Em Portugal é nas Ilhas que se encontra a maior produção. Enquanto que nos Açores é chamada tomate de capucho, na Madeira dão-lhe o nome de tomate inglês, tomate lagartixa e tomate barrela. Se bem que hoje o mais frequente é encontrarmos a Physalis na decoração de pratos, em especial de sobremesas, embelezando-os e conferindo-lhes um aspecto de requinte, uma vez que é uma fruta cara, nos locais em que a sua cultura é abundante é utilizado em receitas de doces.
O mais conhecido é o Doce de Capucho, muito divulgado nos Açores. É um doce que pode ser comido como compota, ou para acompanhar queijo.
Pode também ser usado em gelado, para fazer licor ou em sobremesas como o Clafoutis, substituindo a tradicional cereja por Physalis.
Como a planta se dá bem em Portugal (a planta que fotografei é da região de Coimbra) e é fácil de cultivar utilizando as sementes dos frutos comprados no supermercado, aqui fica a Receita de Doce de Tomate Capucho:
«De véspera picam-se os tomates de capucho maduros e deixam-se em infusão em água até ao dia seguinte. Leva-se igual peso de açúcar ao lume, até se obter ponto de rebuçado. Retira-se do lume e deixa-se amornar, juntando os tomates de capucho bem escorridos. Vai novamente ao lume até se obter a consistência desejada».
(Receita extraída do livro Cozinha Tradicional da Ilha de Santa Maria de Augusto Gomes)
É uma planta arbustiva que produz frutos redondos, semelhantes a pequenos tomates, de cor que varia do amarelo até alaranjado, envolvidos por uma capa de protecção parecida com um balão, chamado cálice. Cada planta pode dar 2 a 4 quilos de frutos.
É originária da Amazónia e do Andes e tem sido usada tradicionalmente como erva medicinal no Peru e no Brasil. O mais interessante é que há estudos fitoquímicos recentes que mostram que alguns dos seus constituintes, em que se incluem flavonóides, alcalóides e diferentes tipos de esteróides vegetais, alguns dos quais desconhecidos pela ciência, tem um eficaz efeito de estimulação imune. Para além de serem tóxicos para alguns linhagens de células cancerosas e de células leucémicas, têm propriedades anti-microbianas e antivirais.
Para isto não parecer uma afirmação pouco cientifica cito o artigo «Supercritical carbon dioxide extract of Physalis peruviana induced cell cycle arrest and apoptosis in human lung cancer H661 cells», da autoria de Wu SJ, Chang SP, Lin DL, Wang SS, Hou FF, Ng LT , e foi publicado na Food Chem Toxicol. 2009 Jun;47(6):1132-8.
Os autores confirmaram que os extractos da Physalis peruviana L. induziam paragem celular na fase S das células do cancro do pulmão e induziam apoptose, através da via dependente do p53. Concluíram que estes resultados forneceram um importante aporte para o potencial uso destes produtos na prevenção do cancro.
Estes dados vêem fundamentar o seu uso empírico pelos índios, desde há vários séculos.
Na realidade na sociedade ocidental é o seu fruto que é utilizado na alimentação .
A Physalis (L.) possui variedades cultivadas na América, Europa e Ásia.
Na Colômbia é conhecida como Uchuva e no Japão como Hosuki.
No Brasil é designada camapum, joá-de-capote, saco-de-bode, bucho-de-rã e mata-fome.
Em Portugal é nas Ilhas que se encontra a maior produção. Enquanto que nos Açores é chamada tomate de capucho, na Madeira dão-lhe o nome de tomate inglês, tomate lagartixa e tomate barrela. Se bem que hoje o mais frequente é encontrarmos a Physalis na decoração de pratos, em especial de sobremesas, embelezando-os e conferindo-lhes um aspecto de requinte, uma vez que é uma fruta cara, nos locais em que a sua cultura é abundante é utilizado em receitas de doces.
O mais conhecido é o Doce de Capucho, muito divulgado nos Açores. É um doce que pode ser comido como compota, ou para acompanhar queijo.
Pode também ser usado em gelado, para fazer licor ou em sobremesas como o Clafoutis, substituindo a tradicional cereja por Physalis.
Como a planta se dá bem em Portugal (a planta que fotografei é da região de Coimbra) e é fácil de cultivar utilizando as sementes dos frutos comprados no supermercado, aqui fica a Receita de Doce de Tomate Capucho:
«De véspera picam-se os tomates de capucho maduros e deixam-se em infusão em água até ao dia seguinte. Leva-se igual peso de açúcar ao lume, até se obter ponto de rebuçado. Retira-se do lume e deixa-se amornar, juntando os tomates de capucho bem escorridos. Vai novamente ao lume até se obter a consistência desejada».
(Receita extraída do livro Cozinha Tradicional da Ilha de Santa Maria de Augusto Gomes)
6 comentários:
Gostei muito da tua descriçao da planta no plano cientifico e gastrónómico também, podes continuar porque estás no bom caminho Pricepezinho
Obrigada pelas palavras de apoio. Espero que continues a apreciar as minhas palavras e fico a aguardar novos comentários.
bacana a temática do blog, gostei.
Obrigado. Bem vinda.
Sou brasileira , do nordeste conheço
por camapu, canapum . Quando a pessoa
é gordinha ,dizemos que parece um canapum.
Abraços.
Jane Alves,
Obrigada pela sua informação. Desconhecia essa designação. Quando vir outras coisas com diferentes termos brasileiros diga. Estamos sempre a aprender.
Um abraço
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