domingo, 23 de março de 2014

Recordações fotográficas de piqueniques

Perdeu-se o hábito dos piqueniques, esse momento mágico de fuga ao quotidiano. Eles antecipavam um período de descanso, de prazer, de contacto saudável com a natureza e a oportunidade de ter um tipo de refeição diferente, mais informal, mas deliciosa.

Não se pode esquecer que o convívio entre os vários elementos participantes, família ou amigos, fortalecia as relações entre as pessoas que, no regresso traziam recordações gratificantes. Mas para além das memórias que se guardavam mentalmente ficavam também as imagens fotográficas, que mais tarde faziam reviver esses momentos.
Nestas duas fotografias de famílias e de períodos diferentes fixaram-se dois desses acontecimentos. A primeira deve datar do início do século XX, um lanche tomado numa tenda, perto da casa que serviria nas férias e que se vê num dos lados da foto. Sobre a mesa três chávenas permitem-nos concluir que o terceiro elemento, talvez a mãe, foi quem tirou a fotografia. Há um ar de calma serena e a criada de avental branco vigia o menino. O ar sério deste faz-nos crer que não era uma novidade e que se devia repetir durante as férias. Em primeiro plano um urso de peluche e um comboio permitem-nos concluir que se tratava de um intervalo nas suas brincadeiras.
Pelo contrário, a segunda fotografia, da década de 1940-1950, mostra uma família risonha entusiasmada com a ideia do piquenique. À frente o filho mais novo, de chapéu de palha, como que comanda as tropas. Risonha a irmã transporta um cesto de palha com lanche e logo atrás a mãe espreita. A terminar o cortejo o pai com dois grandes bancos de madeira. Iriam assistir a alguma festa ou seria um momento em família? Nunca saberemos, mas fica-nos um sorriso no rosto quando vemos estas imagens.

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