quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Lançamento do livro «Licores de Portugal (1880-1980)»

Para os amigos a quem ainda não enviei convite e para os outros leitores do blog aqui fica o convite.
Aproveitam e vêem a exposição que estou a organizar com o material que, para este fim,  fui reunindo ao longos destes últimos anos, a que se juntam peças da associação As Idade dos Sabores. 
Lá os espero.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Convite para a exposição «Espírito dos Licores. Arte e Tradição»

 Aqui fica o convite para a exposição cuja temática abrangente será a dos licores sem, evidentemente, esquecer a nossa apreciada ginjinha.

A inauguração será no dia 7 de Novembro às 18 horas e os focos da mesma seguem aproximadamente os principais capítulos do livro «Licores de Portugal (1880-1980)» cujo lançamento será na mesma altura.

Assim, poderão ver os seguintes núcleos: licores conventuais, licores caseiros e licores comerciais. De entre estes últimos serão mostrados elementos pertencentes às antigas fábricas, com relevo para a Fábrica Âncora, mas também das principais produtoras actuais.

Uma parte importante da exposição será dedicada às garrafas de licor que apresentaram curiosas formas, como as figurativas pintadas e não pintadas, as historicistas, as geométricas e as decorativas. Tal como os rótulos das antigas fábricas, são características destas bebidas, aparecendo com cores vivas e motivos ingénuos e simples, muitas vezes imbuídos de humor.

Os acessórios de utilização para o serviço de licores terão também uma presença marcante, com as suas formas variadas, que evoluíram a partir do século XVIII. O grande predomínio acentará nas peças da primeira metade do século XX, em que se tornaram mais comuns, e um serviço indispensável em todos as casas burguesas, no período que seguia ao jantar: a fase do «café e licores».

Alguns documentos publicitários, como objectos de oferta ou simples papéis (ephemera) serão também expostos, de forma a completar a informação sobre este tema que até ao momento não têm suscitado grande curiosidade pela parte dos investigadores.
Todos eles serviram para completar a informação para o livro «Licores de Portugal» de que publicarei o convite nos próximos dias.


sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O Restaurante Vitorioso

Descobri este restaurante pelo cheiro. Ia a descer uma rua e veio-me um cheiro agradável a comida indiana. Dei a curva e lá estava o restaurante, discreto, a que se tem acesso descendo uns degraus.
Lá dentro um espaço muito simples mas agradável que nos faz voltar um pouco atrás no tempo. As cadeiras e colunas estão pintadas de um verde entre o claro e o alface e as traves suportam fios que servem de suporte a pequenos panos de cores variadas, com inscrições indianas que presumo são religiosas.
A grande surpresa é contudo a comida, descrita como Nepalesa /Indiana, muito agradável, que nos faz sentir bem durante e após a refeição.
Escolhemos começar com chamuças que são óptimas e acompanhámos a refeição com paparis e pão nan de alho.
As doses, servidas em pequenas frigideiras de cobre, parecem pequenas mas são suficientes.
Das duas vezes que lá comemos já experimentámos Prawn Korma, um caril de camarão à moda de Goa e outro à moda indiana, um cabrito Saag Gosh, com espinfres e cebola e um frango Tikka Masala que recomendo vivamente.
De sobremesas têm a inevitável Bebimka, que é um doce que todos gostam mas que pessoalmente não aprecio, e um agradável gelado de manga com coco ralado.
O restaurante fica em Lisboa, na rua Andrade, nº 2, junto ao mercado do Forno de Tijolo e para quem gosta de comida indiana vale a pena visitá-lo.
E ninguém me encomendou este sermão.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Exposição «O Espírito dos Licores. Arte e Tradição» no CAC

 
Este é um pré-aviso para disponibilizarem o fim da tarde de dia 7 de novembro para a inauguração da exposição «O Espírito dos Licores. Arte e Tradição» que terá lugar no Centro de Artes Culinárias, no Campo de Santa Clara.

Ao mesmo tempo será feito o lançamento do meu livro «Licores de Portugal (1880-1980)».

Sobre os dois temas falarei com mais calma proximamente e, é claro, estão todos convidados.


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Publicidade ao licor do Duplo Centenário Âncora

 
Nem sempre é fácil associar um original publicitário à sua reprodução. Neste caso, calhou encontrar um anúncio ao «Licor Duplo Centenário» da Fábrica Âncora no catálogo da Exposição do Mundo Português. Secção Colonial, da autoria de Henrique Galvão e tendo o original, foi fácil.
 
No entanto, pequenas letras escritas a lápis no cimo do desenho, indicam que devia destinar-se também ao Diário de Noticias. O desenho, feito a tinta da china e guache, não está assinado e nele está escrito que licor nacional se destinava a «comemorar condignamente a Fundação e a Restauração de Portugal». Ficava assim explicado a que se destinava: às grandes comemorações que tiveram lugar em 1940 e que culminaram com a Exposição do Mundo Português, um lugar a que, se tivessemos uma máquina do tempo, todos queríamos voltar. 

Leopoldo Wagner, o fundador da Fábrica Âncora, fez sempre gosto em estar presente com os seus produtos, em exposições onde ia acumulando prémios.  Em 1932 tinha já participado na Exposição Colonial que teve lugar no Porto, em 1932, no Palácio de Cristal, com um pavilhão privativo de licores e xaropes, que foi fotografado em exclusivo pela Fotografia Alvão, Lda, e que valeu a Domingos Alvão um Diploma, tendo-lhe sido atribuído o grau de cavaleiro da Ordem Militar de Cristo pelo Presidente da República, General Carmona. 

Este «Licor do Duplo Centenário da Fundação da Restauração de Portugal - 1640», que repetia o gosto pelo historicismo já anteriormente demonstrado pela firma, foi no entanto registado já em 1938. 

No rótulo surgia, em substituição da insígnia de Fornecedores da Casa Real, a denominação «Fornecedores da Presidência da República». Isso mesmo ficou expresso nas duas placas ainda hoje existentes no antigo local da loja na rua do Alecrim, em que, as duas placas em ferro ostentam cada uma delas a diferente designação.
  
PS.

Este poste, antecede a publicação do livro «Licores de Portugal (1880-1980», que se encontra no prelo e que explica a minha pouca disponibilidade de tempo para o blog. É um pequeno aperitivo para o tema, sobre uma bebida usada após a sobremesa. 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Um assador de castanhas invulgar

 À primeira vista podem pensar: «O que tem de especial um assador de castanhas?». É uma peça que todos os portugueses conhecem e que, até há algum tempo atrás, víamos com facilidade.

O que distingue este assador dos habituais, mais modernos, é que não tem duas asas, mas apenas uma pega superior. Destinava-se a ser usado nas lareiras, sobre as brasas suspenso por uma cadeia de ferro.

Eu nunca tinha visto nenhum e o meu amigo Ramiro que teve a amabilidade de me o oferecer também não, pelo que presumo que deve ser raro.
Tenho um pressentimento, sem qualquer fundamento, de que os transmontanos os devem conhecer melhor. Talvez algum deles tenha alguma coisa a acrescentar. Fico à espera de opiniões ou de recordações.


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

A batedeira Rührfix Original

  
Na revista German Exporter de 1957 aparecia publicitada a batedeira Rührfix como sendo a ideal para a dona de casa para a preparação de natas batidas, maionese, claras de ovos, massas, etc.
O modelo original era em plástico com a tampa em baquelite, mas nesta data existia já com o copo em vidro. 

A parte superior permitia, retirando o manípulo, fazer sumo de laranja e, presumo, que a peça mais pequena se podia inserir na abertura superior e fazer sumo de limão. Na tampa, uma parte mais elevada em forma de rim, destinava-se a deitar o azeite a pouco e pouco para fazer maionese. 

Esta revista foi editada durante a Feira Internacional de Artes Domésticas que se realizou em Colónia de 6 a 9 de Setembro de 1957 e em que estiveram presentes vários expositores estrangeiros, num total de 80, nenhum deles português, infelizmente.

 Num outro número de 1958 do German Exporter fomos encontrar um outro anúncio ao Rührfix. Desta vez era apresentado um “familiar” do «Original Rührfix», o «Rührfix Handy» de menores dimensões e base oval, destinada a pequenas casas. 

O ano de 1958 foi excepcional para exposições podendo-se registar a Exposição Universal de Bruxelas, simbolizada pelo Atomium, que teve lugar entre 17 de Abril e 19 de Outubro, a Exposição Industrial de Berlim, de 13 a 28 de Setembro e a Feira Internacional de Franckfurt de 7 a 11 de Novembro. Era neste tipo de exposições que se apresentavam os novos aparelhos domésticos e os modernos electrodomésticos, numa época em que as preocupações com a tecnologia doméstica estava ainda no auge.


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Museu Virtual: Ementa em porcelana do Hotel Ritz

Nome do Objecto: Ementa em porcelana do Hotel Ritz

Descrição: Prato rectangular com 14 x 9,5 cm com vidrado branco com cercadura com folhas em dourado. Tem no centro a Ementa do Banquete de encerramento do I Congresso Nacional de Seguros.

Material: Porcelana.

Época: Tem a data de 29 de Outubro de 1971.

Marcas: VA. Vista Alegre. Portugal.
Origem: Mercado lisboeta.

Grupo a que pertence: Ementas.

Função Geral: Informativa.

Função Específica: Fornecer a ordem dos pratos a servir. Lembrança.

Nº inventário: 1148.

Nota:
O objecto em causa não se enquadra no Thesaurus que fizemos para identificação de utensílios domésticos. Presume-se que era individual e que serviu como recordação do acontecimento. Eventualmente poderá ter servido também como prato para pão (????)