segunda-feira, 31 de julho de 2017

Smile

Podia chamar-se uma gemada risonha. Agora com a linguagem simplificada das redes sociais é um smile.
Uma foto da minha amiga Conceição Montez, sempre atenta à forma expontânea que as coisas apresentam.
Para começar o dia a sorrir.


domingo, 9 de julho de 2017

Batatas floridas

As batatas floridas
O nome atrai-nos imediatamente. Não se trata de uma modernice mas de um prato tradicional da cozinha transmontana que conhecemos tão pouco.
A alimentação habitual nas regiões de Trás-os-Montes tinha por base o que se produzia localmente, pelo que era sazonal por excelência. Na época da floração da abóboras usavam-se as flores para fazer este prato. Para o confeccionar só era preciso cebolas cortadas às rodelas e batatas cortadas em fatias finas.
As flores de abóbora antes de arranjadas
Num tacho colocam-se as cebolas e as batatas em camadas e por cima as flores da abóbora a que se retiram os pés e o interior. Rega-se com azeite e polvilha-se com sal. Tapa-se o tacho e deixa-se cozer em lume brando. Cerca de 15-20 minutos está pronto. Polvilha-se com pimenta preta e serve-se. 
Os vários elementos em camadas
O resultado de um prato tão simples é magnífico. Pode acompanhar-se com o que se quiser, carne ou peixe, embora antigamente, em épocas de maiores dificuldades este fosse um prato em si.
A bola sovada transmontana
Experimentei esta receita feita pela minha amiga Matilde, natural de Pombal, Carrazeda de Ansiães, que transporta o gosto deste prato desde a infância. A completar comemos «bola sovada» (designação que tem a ver com a forma intensa como é amassada), um tipo de pão ázimo, que leva azeite que havia sido trazido de Trás-os-Montes para matar as saudades desta família. Para acompanhar queijo é uma delícia.

É por estas e por outras que me irritam às vezes as modernices bacocas, muitas vezes sem sentido, quando temos pratos tão simples que nunca experimentámos.