segunda-feira, 30 de junho de 2014

Objecto Mistério Nº 41


O objecto mistério de hoje tem a forma de um elefante com asa.

Mede 15 cm de altura e de base tem cerca de 10 cm de diâmetro.


O que é ou para que serve?

sexta-feira, 27 de junho de 2014

sábado, 21 de junho de 2014

Convite: Colóquio «As Artes Culinárias na Lusofonia»

Vai ter lugar no próximo dia 26 de Junho na Sociedade de Geografia de Lisboa (sala Portugal) o colóquio acima referido.
Esta iniciativa do Centro de Artes Culinárias, em colaboração com a Sociedade de Geografia de Lisboa, vai ter início às 10 horas e nela colaboram vários palestrantes, como podem ver no programa.
  

Eu vou falar sobre «O papel dos portugueses no comércio alimentar no Brasil (finais do séc. XIX- início do séc. XX)» e ficam desde já convidados para assistir. 

terça-feira, 17 de junho de 2014

A sala de jantar do Museu Bagatti Valsecchi em Milão

No meu livrinho de apontamentos de viagens tinha anotado uma visita ao Museu Bagatti Valsecchi. De pequenas dimensões era ideal para o pouco tempo disponível em Milão, além de que gosto cada vez mais de casas museus do que dos grandes espaços expositivos que nos esmagam e de que precisamos de imenso tempo para ver com cuidado.
A casa serviu de habitação aos dois irmãos Fausto e Giuseppe Bagatti Valsecchi, nascidos em 1843 e 1845 respectivamente e posteriormente à sua família até 1974, tendo-se então tornado numa fundação e museu.
Os dois irmãos decidiram transformar a casa situada inicialmente na Via Santo Spirito, depois ampliada para a Via Gesú por onde se faz a entrada, num espaço que nos transporta para o Renascimento. Integrado no espírito revivalista do século XIX os dois irmãos adquirem o maior número possível de peças do século XVI e XVII que vão expor no espaço igualmente transformado. 
A perfeita transformação do edifício, como o arco serliano que acreditamos ter sempre lá estado, só consegue ser detectada pelos olhos de especialistas. Aos objectos de época juntam-se cópias feitas no século XIX de difícil distinção como é o caso do lava-mãos em ferro existente no quarto verde do dono da casa e um outro feito no século XIX e colocado numa outra sala.
Nada disto nos choca até porque o guia áudio nos identifica as peças originais e nos conta a história das réplicas. Interessa-me cada vez mais aquilo que eu aprendo numa destas vistas do que o eventual impacto de uma fria peça de época me possa transmitir.
A sala de jantar, onde me demorei mais tempo, reproduz um ambiente renascença com majólicas italianas e vidros venezianos, mas não nos deixa esquecer como terá sido agradável partilhar nos finais do século XIX e início do XX, uma refeição naquele espaço tão acolhedor, trazida da cozinha situada no piso inferior e infelizmente não visitável, através de um monta-carga escondido atrás de uma porta em madeira lavrada.
Percorrer as outras salas e descobrir peças interessantíssimas, como os grandes vasos em majólica da galeria com a cúpula, é igualmente um prazer que recomendo numa próxima visita a Milão. 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

O Pão no Adagiário Popular

A minha preferida





Imagens extraídas do livro «O Pão, as Padeiras e os Padeiros» escrito por Gentil Martins, Lisboa, Ministério das Corporações e Previdência Social, 1964. 

sexta-feira, 6 de junho de 2014

As passas de uva de Málaga em Portugal

Apesar de sermos um país vinícola as passas de Málaga tiveram, durante muito tempo, grande aceitação em Portugal. A principal variedade de uva utilizada na província da Andaluzia para a transformação em passas, é a de uvas Moscatel de Alexandria. A variedade moscatel era já conhecida desde a dominação muçulmana, mas a sua disseminação deu-se na bacia mediterranica durante o século XVII e início do século XVIII.
Biblioteca Nacional de Madrid
No século XIX era cultivada em toda a Andaluzia e a sua produção e exportação aumentaram progressivamente e tornaram-se numa actividade económica importante da região. Contudo a partir de 1870 assistiu-se a uma reversão do processo, no que respeita à produção de passas. À crise económica mundial, juntaram-se os aumentos de impostos, a competição com outros mercados (ex. passas da Califórnia), a filoxera, etc. Começou a haver excesso de produção com baixa de preço nos mercados, pelo que muitos agricultores começaram a arrancar as cepas e a plantar cana-de-açúcar.
Museu de Artes e Costumes Populares. Fundação Unicaja, Málaga.
A acompanhar o desenvolvimento desta produção frutícola surgiu em Málaga, a partir de 1830, uma produção litográfica e impressora destinada à publicidade de empresas, cartazes, cartões, etiquetas, produção de leques, etc. No final do século XIX a qualidade e o número de litografias nesta cidade colocavam-nas entre as mais importantes de Espanha.
Desenhos para caixas de passas. Museu de Artes e Costumes Populares. Fundação Unicaja, Málaga.
A gravura apresentada no início do poste e encontrada em Portugal faria provavelmente parte de uma das embalagens de passas produzidas pela firma «Hijo de Martins Alcausa». Encontrámos notícia da existência desta firma no jornal O Sol, de Madrid, de 15 de Dezembro de 1918. Nela se elogiava esta casa que havia sido fundada em 1870, contrariando a tendência descendente de produção deste tipo de frutos. Então com 48 anos a firma era conhecida pela sua variedade de «frutos verdes e secos», que exportava para vários países como França, Brasil e Portugal. De entre os vários tipos de frutas eram referidos os figos, os limões e as passas. Infelizmente esta bela litografia, não tem identificação do local de produção mas terá sido seguramente produzida por uma das várias litografias existentes na cidade
Gravura de caixa de passas. Museu de Artes e Costumes Populares. Fundação Unicaja, Málaga.
Na tese apresentada por Alfonso Simón Montiel sobre «Los orígenes del diseño gráfico en Málaga 1820-1931», o autor refere que o conceito para as caixas de passas de Málaga é bastante homogéneo, evidenciando-se mais o nome do produto «pasas moscatel de Málaga» do que o nome do produtor. Embora as formas das embalagens pudessem ser variadas a mais frequente era a rectangular. No que respeitava aos motivos o recurso a imagens de toureiros ou figuras femininas típicas espanholas, numa segunda fase com evidente estética modernista, foi o mais utilizado. 
Para além dos modelos humanos, a representação de imagens da cidade, com formas arquitectónicas ou imagens de locais típicos como a catedral ou o porto, foram outros dos motivos utilizados nas embalagens de passas de Málaga. É este último o tema aqui apresentado e foi também nestes, segundo Alfonso Montiel, que se começaram a utilizar as novas técnicas fotomecânicas que imprimiam maior realismo às imagens, o que explica a beleza desta gravura.

Bibliografia:
- Montiel, Alfonso Simón, Los Orígenes del diseño gráfico en Málaga 1820-1931, Tese de doutoramento, Universidade de Málaga, 2007.
- Del Rio, Pilar,  La litografía artística para uso comercial en Málaga, em i+ DISEÑO, Universidade de Málaga.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O livro «Licores de Portugal» em Alcobaça

Integrado na semana cultural de Alcobaça, o evento «Books & Movies» é organizado pela Câmara Municipal de Alcobaça e tem lugar de 31 de Maio a 8 de Junho.
Eu vou lá estar a falar do meu último livro amanhã dia 5, pelas 18,30 no Museu do Vinho.
Para quem for da zona ou estiver por perto fica o convite para ficar a conhecer o livro e degustar um cálice de Licor de Ginja MSR.