quarta-feira, 27 de junho de 2012

Os Ferros Eléctricos Morphy Richards

O ferro eléctrico foi o aparelho doméstico que mais depressa ganhou lugar nos domicílios portugueses. Não é de admirar se pensarmos no que existia anteriormente: os ferros aquecidos com carvão em brasa.

A primeira patente de um ferro eléctrico surgiu em 1882 registada por Henry W. Seely, um americano de Nova Iorque. Os primeiros ferros utilizavam um arco de carbono que não era um método seguro. Foi dez anos depois, em 1892, que surgiram ferros com resistência eléctrica, registados inicialmente por duas companhias a Crompton Cº. e a General Electric.
Em 1905 Earl H. Richardson introduziu no mercado um ferro que concentrava o calor na base do mesmo, um enorme avanço se nos lembramos que até aí todo o corpo do ferro aquecia. A presença deste ponto quente (hot point) foi um sucesso e em 1907 a própria empresa que os produzia passou a designar-se Hotpoint Electric Heating. Seria mais tarde integrada no grupo General Electric.
Esta é uma parte da história americana dos ferros eléctricos. Na Europa foi em Inglaterra que um engenheiro de nome Charles Richards, se  associou a um vendedor, Donal Morphy, para formarem uma empresa designada Morphy Richards a 8 de Julho de 1936. Em 1938 começaram a fazer ferros eléctricos que tiveram grande divulgação tanto no país de origem como no nosso.
 Quanto aos ferros a vapor só surgiram na década de 50 e os créditos para a sua invenção são atribuídos a Thomas Sears. Quanto à Morphy Richards começou a produzi-los em 1954, tendo lançado um modelo tão revolucionário que se iria manter durante 20 anos.
Em Portugal foi sobretudo a partir da década de 1930 que se deu a passagem do uso de ferros de passar não eléctricos para eléctricos. O Instituto Nacional de Estatística, em 1930, registou uma importação de ferros não eléctricos da ordem dos 80%, mas em 1932 esta já tinha descido para 30% e em 1937 para 13%. Nos anos 50 os ferros eléctricos estavam à frente de qualquer outro electrodoméstico nos lares portugueses, apenas superado pelas telefonias.
A marca Morphy Richards, uma das mais divulgadas, era vendida em Portugal pelos Estabelecimentos Sida, situados na rua de S. Nicolau, 44-48. Publicitados em várias revistas como a Eva, estes ferros tiveram na década de 1950 grande sucesso com uma linha com cores suaves em azul, amarelo e verde.
O expositor aqui apresentado tinha a finalidade de mostrar um modelo de ferro da marca Morphy Richards. Destinava-se ao mercado português e foi feito no nosso país por S. Freitas, que realizou outras peças deste tipo, para outros produtos.

A imagem de um casal feliz em que a mulher agradece ao marido a oferta de um ferro Morphy Richards com vários beijos na face traduz uma realidade que durante décadas se viveu em Portugal: a da oferta de electrodomésticos pelos aniversários e Natal às donas-de-casa. A legenda sucinta diz tudo:«Ah. Um Morphy Richards».

domingo, 24 de junho de 2012

O Vinho da Madeira «Monica»

Entre os anúncios publicados na revista «Almanach Ilustrado do Brasil-Portugal para 1901 encontrava-se um ao vinho da Madeira «Monica». Este vinho foi criado por Francisco Figueira Ferraz (1860-1948) que era proprietário da quinta do Estreito e comerciante na freguesia do Estreito de Câmara de Lobos, na Madeira.
Era filho de Manuel Figueira Ferraz e de Francisca Júlia de Barros e casou, pela primeira vez, a 6 de Agosto de 1875, com Antónia Figueira Ferraz, brasileira, tendo sido o fundador da firma vinícola F. F. Ferraz.
Conhecendo bem o Brasil, foi o responsável pela divulgação do vinho da Madeira nesse país, mas também na América Central e do Norte.

O vinho da Madeira «Monica» consistiu numa homenagem ao nome da sua filha mais velha, Maria Mónica Ferraz e Silva.
Em 1901 F. F. Ferraz fazia publicidade no Brasil ao seu vinho da Madeira mas também ao vinho de Colares da marca «Ramisco», de que era proprietário. 
Tinha armazém na rua do Bispo, nº 30, no Funchal e um representante no Rio de Janeiro que era Monteiro, Taveiro & C.ª, na Candelaria, 17 e em Santos e S. Paulo era representado por Augusto Leuba & Cª.

O anúncio mostra um casal num pic-nic sendo servidos por uma madeirense, vestida com fato regional, que lhes oferece um copo do seu vinho.

A firma seria integrada na Companhia Vinícola da Madeira, em 1937.
Hoje os seus vinhos são uma raridade. Há pouco tempo, um vinho engarrafado por esta empresa, um Terrantez de 1795, foi licitado num leilão internacional tendo atingido um valor elevadíssimo.

PS: Não consegui introduzir mais imagens porque o blog diz que excedi o limite de fotos no Picasa e tenho que pagar uma mensalidade à Google. Alguém me pode dizer de isto é legal? É mesmo assim?

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Objecto Mistério nº 30. Resposta: Separador de Ovos


Eu tinha razão. Era uma pergunta fácil. As respostas estão certas e a Joana  foi muito rápida a responder.
Em Portugal estes separadores de ovos são pouco usados. Normalmente separa-se a gema da clara usando a casca do ovo ou, os mais confiantes, com a palma da mão, deixando escorrer a clara entre os dedos.

Este utensílio apesar do seu aspecto novo tem seguramente mais de 50 anos. É de origem alemã e tem na face anterior, em baixo,  as palavras «Eiweiss» e em cima «Eigelb» que significam respectivamente clara e gema e que tornam explícita a sua função.
Foi-me o oferecido por uma amiga que escondeu as letras, tal como como eu fiz, e me perguntou para que servia. Trouxe-o de Berlim para me oferecer e a graça do episódio é que se eu não soubesse para que servia não iria responder. É que eu não sei uma palavra de alemão.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Objecto Mistério Nº 30


O objecto que se apresenta hoje para ser “descoberto” é um utensílio doméstico em porcelana.

Tem 8 cm de altura e a base tem um diâmetro aproximadamente igual.

A parte superior tem cerca de 1 cm de altura.

Mais não digo, porque é muito fácil.

Para que serve?

sábado, 16 de junho de 2012

Os Doces de Tomar

De um lote de caixas de doces que adquiri recentemente chamaram-me à atenção as referentes a doçaria de Tomar. Surgiu-me imediatamente a vontade de lá voltar e constatar se ainda existiam as mesmas casas e que alterações tinham surgido nas embalagens. Se os doces sofreram alterações só quem então os provou os pode agora comparar, mas é possível que tenham mantido as suas características, a avaliar pelo sucesso que mantém.
As caixas de doces provinham de várias pastelarias nabantinas como a Primorosa, A Veneza e a Estrelas de Tomar. Esta última casa comercial surgiu em 1960, na Rua Serpa Pinto, 12, em Tomar. A seu lado, no nº 8, fazendo esquina, situava-se uma outra pastelaria famosa "A Primorosa de Tomar" de Diogo & Filhos, que fechou em 1986, e que ocupava o piso térreo do edifício onde hoje está a Casa de Vieira Guimarães.
Falemos então das embalagens e doces da ainda existente Pastelaria Estrelas de Tomar que se tornou famosa por doces como «Beija-me depressa», «Estrelas de Tomar», os «Queijinhos de Tomar» e as «Fatias de Tomar». Estas últimas são vendidas em frasco e mantém-se o mesmo rótulo.
Quanto à atraente caixa dos «Beija-me depressa», com dois meninos dentro de um coração branco em fundo rosa, não sofreu alterações. Com uma ingenuidade que se contrapõe ao nome e um gosto muito anos 60, o desenho é da autoria de Constantino e as caixas iniciais eram feitas na Tipografia Nabão. Esta empresa, fundada por Mário Gonçalves (Mário "Catorze") e Fernando Maria ("Pimpão"), ardeu em Agosto de 2009.
Quanto à embalagem dos «Queijinhos Doces» apresenta a face superior idêntica, com a imagem da fachada superior da Igreja do Convento de Tomar, mas a cor, anteriormente de fundo verde e desenhos azuis, passou agora para fundo azul claro. Perdeu o nome do autor, por razões que não se podem compreender, e que era Moreira Júnior. Presentemente é feita na Tipografia Tipomar, Lda.
As maiores alterações deram-se na apresentação das «Queijadas Estrelas de Tomar», que eram vendidas numa caixa semelhante à dos queijinhos doces, mas de maiores dimensões e, esta sim, com o fundo azul. Foi substituída por uma atraente caixa com fundo branco e com os elementos em encarnado e azul.
 Nela se repete a Cruz dos Templários em bordadura e no centro, a azul, a fachada do convento de Cristo onde se situa a famosa janela manuelina, da sala do capítulo, de autoria de Diogo Arruda.
Vale a pena rever a janela ao natural, um orgulho nacional interiorizado, e reencontrá-la num papel de doces, a acompanhar um café.

terça-feira, 12 de junho de 2012

As festas da cidade de Lisboa em 1935

Em vésperas do dia de Santo António mostro-lhes o ambicioso plano das Festas da Cidade de Lisboa durante os santos populares, em 1935, divulgado amplamente pelo Diário de Notícias.

As festas começaram no dia 7 de junho com uma feira no Terreiro do Paço e no dia 8 houve um torneio medieval nos claustros do conventos dos Jerónimos.
O torneio foi idealizado por Leitão de Barros, o realizador das Pupilas do Senhor Reitor e dele fizeram parte «gentis grupos de senhoras da sociedade, artistas do teatro português e cavaleiros».
A descrição do torneio «O magriço e os doze de Inglaterra», em que os 12 cavaleiros portugueses defenderam as damas inglesas ofendidas, numa obediência ao código da cavalaria, foi feita por Rocha Martins.
Foi sensacional a chegada das gentis meninas que fizeram de damas da corte de D. João I e que foram vestidas com trajos da época pela Casa Garnier, de Paris, tendo toda esta figuração ficado a cargo da Revista Eva.
À tarde os membros do Corpo Diplomático visitaram os bairros de Lisboa Antiga sendo recebidos, entre outros, por Gustavo de Matos Sequeira.
Houve também um concurso de montras em que a Antiga Casa José Alexandre, situada na rua Garrett, expôs jarras com desenhos alegóricos às marchas, com quadras, da autoria de Leopoldo Battistini.
No dia 9 de junho realizaram-se as marchas populares, com início às 22 horas no Terreiro do Paço. Na origem destas esteve um costume antigo. Depois das festas de Santo António e S. João ia-se à fonte ou ao chafariz lavar a cara. Isso fazia-se em marcha, dois a dois, em pares de namorados, ou, às vezes pais e filhos, indo estes atrás. Foi, segundo o articulista, a génese das marchas nos séculos XVII e XVIII.
Aqui fica um pequeno resumo das festas da cidade de Lisboa, em 1935. Só têm que as comparar com as de hoje.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Exposição de Latas de conserva

Agora que as conservas de peixe ressurgiram como foco de interesse na alimentação dos portugueses o Centro de Artes Culinárias (CAC) teve a sorte de receber de uma associada, Carole Garton, a oferta da sua colecção de latas.

Estão exposta no mercado de Santa Clara e a ela se associam várias iniciativas gastronómicas que as incluem, como showcookings e outras.
Consultem o site do CAC para mais informações.

sábado, 9 de junho de 2012

A citronela

Na minha última receita de sopa tailandesa levantaram-se algumas dúvidas sobre o que era a citronela, pelo que decidi escrever sobre ela.
A citronela (Cymbopogon citratus) é natural da Índia e existe em toda a Ásia tropical. É muito usada na comida tailandesa de onde importamos a maior parte das plantas frescas que se vendem nos nossos mercados. Tem um cheiro ligeiro a hortelã e um sabor parecido com o limão, que se devem aos seus óleos essenciais: a citronela e o d-limoneno.
Pode ser usada seca, aos pedaços ou em pó, ou fresca. Esta é a melhor escolha até porque se dá bem no nosso país. Na realidade ela é mais conhecida por erva príncipe e são as suas folhas que são usadas em infusão.
Para cozinhar usam-se os talos maiores, de preferência frescos. Estes podem guardar-se no frigorífico, mas a outra opção é pô-los com o pé dentro de um pouco de água. Há sempre a hipótese de criarem raízes, o que eu espero que aconteça aos meus (só descobri isso agora), e ao fim de poucos dias já se podem plantar.
Para se usarem frescos começam-se por tirar as folhas exteriores mais duras. Corta-se o pé e as parte superior mais verde e passa-se por água. Com uma faca grande deitada comprime-se o talo com a mão para sobressair os seus óleos. Corta-se depois em pequenos pedaços em várias direcções até o desfazer bem. Também se pode esmagar num almofariz.
Em sopas usar pequenas quantidades. Juntar o correspondente a uma colher de chá e ir provando. Só juntar mais se precisar ou se a receita indicar de outro modo. Para acompanhar peixe pode usar-se uma quantidade maior e introduzi-la quando o prato está quase pronto.
As folhas desta planta, secas ou frescas, servem para fazer uma infusão agradável ao paladar mas que é sobretudo utilizada pelas suas propriedades curativas. São lhe atribuídas propriedades sobre o tubo digestivo, como melhoria do apetite, estimulação da digestão, diminuição da flatulência, acção anti-espasmódica, mas também tem acção na depressão e, um atributo mais moderno, tem acção no «jet leg».
Para quem quiser experimentar uma infusão apenas por prazer recomendo uma receita publicada em Cinco Quartos de Laranja, que parece bem agradável para os dias quentes.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Uma sopa tailandesa

Foi ao ver os programas de Anthony Bourdain, e constatar o seu entusiasmo a comer sopas tailandesas, que me surgiu a vontade de fazer uma dessas sopas.
Procurei várias receitas e acabei por descobrir uma que me pareceu óptima. É da autoria de Nigel Slater que escreve sobre comida (food writer soa melhor, mas não quero usá-lo), tem já dez livros publicados, sete dos quais de culinária, tem feito  programas de televisão e escreve para várias revistas e jornais ingleses, sempre com grande sucesso. Este deve-se sobretudo à forma simples e agradável como descreve os pratos, o que lhe granjeou um número de fãs incondicionais.
Depois de provar esta sopa pela primeira vez, fiquei também fã, embora tenha alterado um pouco a receita como vou descrever.

Ingredientes
  • 2 peitos de galinha sem pele nem osso
  • 2 alhos esmagados
  • 1 col sopa molho soja
  • 1 col. sopa molho de peixe (nam pla)
  • sumo de 1 lima ou limão
  • 1 col. café de curcuma (açafrão da índias ou turmeric )
  • 2 pés de citronela (lemon grass) picados
  • raspas do limão ou lima
  • 1 punhado de coentros
  • 1/2 litro de caldo de galinha
  • massa (um feixe)
  • 2 alhos franceses
  • um bocado de gengibre ralado (tamanho de avelã)
  • 2 malaguetas cortadas aos pedaços
  • óleo
  • 1 frasco de leite de coco

Preparação:
Corte a galinha em pedaços pequenos e ponha numa taça. Tempere com molho de soja, alho esmagado, molho de peixe, sumo de limão ou lima e curcuma. Deixe descansar pelo menos 1 hora.
Pique finamente a citronela, junte a raspa de limão ou lima e os coentros picados à mão ou no triturador até fazer uma pasta.
Coloque o caldo de galinha num tacho a que se junta a pasta com as ervas.
Numa frigideira alourar o alho francês, as malaguetas e o gengibre. Juntar a galinha e deixar alourar. Ao caldo acrescentar a galinha já alourada, o leite de coco e a massa e deixar ferver.
Deixar cozer a massa, o que é rápido, servir em taças com folhas de coentros por cima. 
As minhas modificações:

Utilizei uma taça de cogumelos secos e outra de algas secas, que pus de molho meia hora antes.
Em vez do alho francês usei couve picada e cenoura ralada, que não alourei mas cozi no caldo.
Utilizei massa japonesa.
Usei 1 litro de caldo em vez de 1/2 litro.
Não usei o leite de coco mas pasta de coco e em menor quantidade.

O resultado:
 Uma sopa “tailando-sino-nipo-portuguesa” que é uma refeição e é fantástica.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Halibut


Desde o início da minha vida profissional que me lembro de receitar Halibut. Não fosse o ter-me surgido este interessante mata-borrão publicitário dos anos 50 e, tenho que confessar, nunca teria associado o nome ao peixe.

Halibut é o nome inglês para uma variedade de peixes conhecidos em português por Alabote e que são usados na alimentação humana. Tem um alto valor nutritivo, com mais de 60% de proteínas, 25% de ácidos gordos ómega 3 e baixas calorias.
 Das várias espécies a mais conhecida é a do Atlântico, o Hippoglossus hippoglossus, nome engraçado porque hipo significa «abaixo de» e glosso «língua», o que daria em português «debaixo da língua debaixo da língua». Este peixe de grandes dimensões foi excessivamente pescado durante o século XIX e início do século XX e ainda não recuperou dessa mortandade, razão porque nos é pouco familiar.
Quanto à marca Halibut, está comercializada em Portugal desde Novembro de 1939. Foi introduzida pelos Laboratórios Andrómaco, uma empresa fundada em Espanha, em Barcelona, em 1923, e que se estabeleceu no nosso país em 1931. Tinha então a sede em Lisboa, na Rua Arco do Cego, nº 90. A marca Halibut pertence desde 1996 ao grupo português Medinfar, uma empresa farmacêutica, fundada em 1969.
O uso de óleos de peixe na alimentação e na medicina é um assunto muito atraente que não se limita ao óleo de fígado de bacalhau. Este é apenas um exemplo.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

O Grande Hotel de Portugal em Viseu

No ano de 1934 era publicado em Diário de Governo, a 27 de janeiro, a classificação dos principais hotéis de Portugal.
Lá vinha o Grande Hotel de Portugal, em Viseu, classificado na 3ª categoria, a que pertenciam a maioria dos hotéis nessa época.
Não consegui mais informação sobre o mesmo mas as fotos do hotel mostram que, para a época, as suas condições o colocavam num bom estabelecimento turístico.
A publicidade descrevia-o como «Modelar pelas suas instalações e óptimo tratamento. Preços módicos».

A preocupação com os clientes fizeram com que estes tivessem ao seu dispor papel de carta com as imagens da fachada e da sala de jantar que aqui se mostram. Promovendo o turismo local era também distribuída uma planta monumental de Viseu, com vistas da cidade, a expensas do hotel.

As suas características únicas, em circulo, com uma fita móvel com letras, que ao rodar permitiam localizar os locais mais importantes da cidade, numerados em duas listas de cada um dos lados do mapa, tornam-no num interessante elemento. Era já semelhante aos mapas que hoje nos oferecem quando visitamos as cidades, com letras e números em abcissas e coordenadas, e em que nós procuramos os locais com os dedos.
Verdadeiramente original, esta planta-guia foi editada em 1935 por Esteban Rodriguez Sandoval, que registou a sua patente em Portugal com o nº 17181.