sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Um painel de azulejos das Bolachas Nacional

Apresenta-se a imagem de um painel publicitário em azulejo, existente na fachada de uma padaria na Coimbra antiga.
O painel publicita bolachas da Nacional e, como se consta num dos cantos, foi produzido pela Fábrica Aleluia.
Infelizmente encontra-se maltratado, atravessado por um tubo e “decorado” com autocolantes.
Em 1905 João Aleluia, inicialmente com quatro amigos e mais tarde sozinho iniciou um projecto da Fábrica Aleluia. Situada no Largo dos Santos Mártires, em Aveiro, passou em 1917 para a Rua do Cais da Fonte Nova, igualmente em Aveiro.
Em 1922 a empresa passou a ser denominada Aleluia. Em 1935 morre João Aleluia, mas a fábrica continua em laboração sob a acção da viúva e dos dois filhos, Gervásio e Carlos, que, em 1941 constituem a firma Aleluia & Aleluia.
Com a aquisição da empresa Olarias Aveirense para além da produção de azulejos, passaram a produzir artigos sanitários.
São dos anos 40-60 as interessantes produções em cerâmica decorativa hoje difíceis de encontrar. São também dessa época vários painéis publicitários que até há poucos anos se podiam encontrar dispersos pelo país e que, a pouco e pouco, foram desaparecendo.
Este painel com as bolachas da Fábrica Nacional é um desses exemplos.
A fábrica Nacional fundada em 1849 por João de Brito, obteve da rainha D. Maria II, autorização para a utilização da marca Nacional nos seus produtos. Em 1879 os herdeiros do fundador constituem a empresa com o nome de Companhia Nacional de Moagem. Nessa data os cereais passaram a ser utilizados para a produção de massas e bolachas.
A partir dos anos 40 houve um investimento em publicidade dos seus produtos.
No painel publicitário agora apresentado, concretiza-se o feliz encontro de duas fábricas centenárias nacionais, daquelas que os portugueses sentem orgulho: a Aleluia e a Nacional.

2 comentários:

Laura disse...

Laura disse:
Mais uma vez obrigada por chamar a atenção para um pedacinho que é de todos nós. É pena ver estas memórias sem qualquer interesse por parte dos proprietários das casas e das próprias autarquias. Enfim, terra somos...

Ana Marques Pereira disse...

Felizmente que há mais pessoas que valorizam estas pequenas coisas, como é o seu caso.