«Decoração sem ornamentação»
era um dos aforismos usados por Margaret Preston (1875-1963), nome de casada de
Margaret Rose McPherson, pintora australiana modernista.
A natureza morta aqui
apresentada impressionou-me pela simplicidade do traço e pela depuração dos
elementos. O quadro designado «Implement Blue» foi pintado em 1927 e atribui-se-lhe a influência de Léger, nas formas cilíndricas e curvilíneas.
Depois de ter
tirado um curso de arte em Sidney, Margaret Preston foi para a
Europa e estudou em Munique e Paris. Foi em Paris, onde frequentou o Museu Guimet,
que tomou contacto com pintores pós-impressionistas, como Matisse e Kadinsky
entre outros, bem como teve conhecimento dos fundamentos da arte japonesa que
se iriam reflectir nalgumas das suas obras.
No regresso à Austrália dedicou-se
à pintura, aos desenhos, à impressão e a muitos outros tipos de arte moderna na
época, como colagens, utilizando elementos como a madeira e o linóleo.
Com o seu extenso
trabalho experimental tornou-se na mais inovadora artista da sua geração e uma
das primeiras a incorporar a arte aborígene nas suas influências, em especial nas
naturezas mortas com flores.
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