O “Hotel da Europa” da D. Maria Emília da Silva Milheiro era um deles. Situava-se na Praça da Batalha, 2, esquina da Rua de Santo Ildefonso, 2. No mesmo hotel havia também café e bilhares.
Na Rua de Entreparedes, perto da Praça da Batalha, ficava o "Hotel de Bragança" e os hotéis "Aurora do Lima" e "Estrella do Norte".
Foi a publicidade a este último hotel, publicada no «Almanak Industrial, Commercial e Profissional de Lisboa», em 1865, que fomentou este poste.
Nada tendo conseguido saber sobre o hotel em si, limito-me a transcrever o texto que acompanha a publicidade, com grafia actualizada, e que é bastante elucidativo.
Serve mesa redonda ás três horas numa espaçosa sala de jantar, a maior que existe em estabelecimentos de esta ordem, circunstância que a torna apta para grandes jantares, reuniões de assembleias, bailes, etc.
O serviço de hotel é todo de prata.
Os viajantes que se dirigirem para este hotel, são conduzidos da estação de caminho de ferro em trem especial, pertencente ao hotel.
Os preços de hospedagem são: 800 a 1.000 réis diários, sem diferença de tratamento, sendo só estabelecida a desigualdade em relação a quartos de dormir. Salas independentes e outras exigências são de ajuste em separado.»
Mas o significado desta expressão como serviço de mesa, em hotéis e restaurantes, no século XIX, era diferente. Não tendo podido encontrar qualquer definição exacta deixo a minha interpretação. Tratava-se de um serviço de mesa com hora fixa e em que as pessoas chegavam e comiam a ementa pré-estabelecida. Não havia possibilidade de escolha e o preço era também fixo. Nesta época o serviço era à francesa e apenas no Hotel do João da Matta encontrei referência à «mesa redonda à russiana».Mas a diferença entre o serviço à francesa e à russa será já tema para outro poste.
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