quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Objecto Mistério Nº 43

Pela primeira vez o objecto mistério apresentado não pertence à minha colecção. Trata-se de um objecto existente num museu que, como compreendem, não posso nesta fase nomear.

Vou apresentá-lo amanhã na segunda sessão do curso «À volta da Mesa. Utensílios e práticas» que terá lugar na Casa Museu Anastácio Gonçalves.
 O curso cobre os séculos XVIII e XIX e constará de quatro sessões, que têm início às 18,30, às 5ª feiras.
Para quem lá estiver já sabe que vai ser apresentado este desafio e ficará a conhecer a sua resposta.
Os outros terão que esperar um pouco mais pela solução do mistério. 

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Um serviço infantil em forma de palhaço

Este objecto com a forma de brinquedo é na realidade um conjunto em plástico que serve para dar as refeições a uma criança, de forma divertida. Foi feito na década de 1940 nos Estados Unidos e trazido para Portugal por um avô Coutinho que o personalizou para a sua neta Celina Maria, ao mandar gravar o seu nome na barriga do palhaço.
O conjunto ou serviço é composto por 5 peças: um pires azul, uma chávena encarnada, uma taça amarela, um oveiro branco e um saleiro cónico azul. 
Era na altura produzido pela forma Crown Craft Produts, situada em Nova Iorque que usou a expressão «tak-a-part», que não existe, em vez de «take apart», para explicar que é uma peça desmontável.
 Na embalagem o fabricante dizia que o número da patente estava pendente mas na realidade nunca chegou a ser pedido. Talvez isso explique a produção do mesmo objecto na década de 1960 pela firma Monarch Plastics Corp. de St. Albans, NY., idêntico na forma e na embalagem, embora nessa altura o boneco já não apresentasse pinturas.
Palhaço feita pela Monarch Plastics
Um presente que certamente provocou a alegria da sua neta, embora seja de concluir que nunca chegou a ser usado dado o bom estado do palhaço e da embalagem.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

À volta da mesa. Utensílios e práticas (séc. XVIII e XIX)

Começa já no dia 30 de Outubro, na Casa Museu Anastácio Gonçalves, o curso que constará de quatro sessões durante as quais será feita uma abordagem sobre as principais características da mesa nos séculos XVIII e XIX.

Resumo da 1ª sessão:

A importância da mesa
 Neste período a influência francesa foi predominante na mesa, tanto no campo da representação, como nos rituais e utensílios. Estas noções eram trazidas pelos embaixadores representados em França. Esse hábito não foi exclusivo de Portugal e estendeu-se a toda a Europa, como nos mostram relatos nas cortes sueca e dinamarquesa.
Os atoalhados
Pela primeira vez iremos abordar o aparecimento e desenvolvimento dos atoalhados ligados à mesa, em especial as toalhas e guardanapos, tipos de tecidos e formas de utilização, demonstrados em pinturas e em exemplares conservados em museus. 
 Modificação dos espaços das cozinhas, das copas e o aparecimento da sala de jantar 
Sala de jantar do séc. XVIII, Palácio dos Guiões, Lisboa
 O pessoal de cozinha e copa e as principais funções ligadas à mesa 
Cozinha do séc. XVIII, Palácio Pimenta, actual Museu da Cidade de Lisboa
Aqui fica um aperitivo da primeira sessão.

Objecto Mistério Nº 42. Resposta: Suporte para assar frangos

objecto em causa apresenta dimensões demasiado generosas para servir como espremedor de citrinos, embora a sua forma seja a mesma.
Destina-se a colocar um frango para assar apoiando a parte posterior do animal no cone facetado. Devido a esta característica, e segundo disse uma pessoa que respondeu correctamente no facebook, chama-se frango PD ou pédé (para os menos atentos a abreviatura de «pédéraste»).
O prato inferior destina-se a recolher os sucos do assado.
 No exemplar apresentado na resposta a tarefa de descobrir a sua utilidade está facilitada pela presença de um frango em cada uma das asas. Foi por isso que seleccionei o outro objecto. Não se pode facilitar.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Objecto Mistério Nº 42

Este objecto em cerâmica tem de altura 18 cm e a base circular tem 25 cm de diâmetro.
É um utensílio doméstico de cozinha, mas pode ser levado à mesa.
Para que serve?

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Cascas ou palhada*

 
Com este regionalismo designa-se um tipo de feijão que é seco com a vagem e se destina a ser comido no Inverno em Trás-os-Montes.
Após ser demolhado 24 horas utiliza-se para fazer sopa de carne ou, em alternativa, pode ser escorrido depois de cozido e comido com carne.
Na zona de Bragança come-se a acompanhar o “butelo”, um enchido feito com a bexiga do porco recheada com os ossos tenros do mesmo animal temperados como se faz para o salpicão, passando o prato a ser designado «cascas com butelo». Como a bexiga é única este prato reservava-se para ser comido no dia de Carnaval**.

*Outras designações transmontanas para este feijoeiro de trepa são: «casulas» e «vasas».
**As informações recolhidas forma-me dadas pela minha amiga Adriana Teixeira, transmontana de gema, que para não se perder a tradição plantou já na região de Coimbra, este tipo de feijão.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Curso «À volta da Mesa. Utensílios e práticas»

Tem início no dia 30 de Outubro o curso acima mencionado que terá lugar na casa Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa. 
Trata-se de um curso pós-laboral ministrado por mim e terá a duração de 2 horas com um pequeno intervalo a meio. 
Estão programadas 4 sessões, às 5ª feiras, excepto no último dia que será à 6ª feira.
As inscrições estão já abertas e são limitadas ao espaço da sala.
Faço votos para que acham o tema aliciante e compareçam.