domingo, 1 de dezembro de 2024

O encontro de dois mundos

  

Quando se investigam as origens chega-se, por vezes, a bons resultados. Refiro-me aqui a peças, e não a pessoas. Isto é, não se trata da árvore genealógica, mas os métodos. Neste caso refiro-me a duas canecas de cerâmica feitas na Fábrica Raul da Bernarda. São peças estampadas do final dos anos 60, com desenhos ingénuos, muito semelhantes a imagens usadas em canecas regionais oferecidas como recordação.

Ao organizar um arquivo de decalques de uma firma da Marinha Grande, que já não existe, e de que falarei mais tarde, encontrei precisamente os respeitantes a estas canecas. A verdade é que primeiro surgiram os decalques e só depois foi feita a “descoberta” da peça, perdida no meio de muitas outras.

Os decalques para cerâmica e vidro foram e continuam a ser profusamente usados. De forma mais simples e rápida do que a pintura manual, reproduzem as imagens que se querem divulgar.

O acesso a um arquivo deste tipo permite estudar tipologias e os gostos de uma determinada época. Dada a vastidão do mesmo, voltaremos seguramente ao tema. Antes, há que estabelecer alguns “acasalamentos”.

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