segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Interior de ourivesaria no século XVII

 
Estou a preparar uma comunicação sobre saleiros que farei na Casa Museu Anastácio Gonçalves (CMAG) em Outubro. Ainda falta muito tempo mas aprendi que as comunicações se fazem pelo menos com um mês de antecedência e depois se fecham para só tornar a pegar nelas perto da altura da apresentação.
 
O título será «Saleiros: simbologia e funcionalidade» e o tema será o desenvolvimento deste assunto a propósito dos saleiros da CMAG. Quando nos debruçamos sobre um assunto descobrimos que não sabemos nada. Depois vamos, lentamente, construindo um puzzle. O resultado final, quando as peças se começam a encaixar é fantástico.
Para abrir um pouco o véu mostro-lhes esta pintura holandesa do final do século XVII, de autor desconhecido, em que a cliente, acompanhada de uma criança, escolhe um saleiro, no interior de uma ourivesaria.
Saleiros de prata do séc. XVIII. Alemanha
Na mão um exemplar coberto do tipo caixa circular, com pé, atrai as suas atenções. Um outro semelhante, ligeiramente mais alto e elaborado, encontra-se dentro de uma vitrina. A escolha contudo será feita entre o primeiro e o pequeno saleiro aberto, descrito como cilíndrico com as extremidades alargadas, que foi muito comum no século XVII, depois de 1630 e na primeira metade do século XVIII.
A peça que se encontra na extremidade do balcão poderia igualmente ser um saleiro, mas a suas dimensões, coloração (estamos numa ourivesaria) remetem-nos mais para uma caixa de pesos, em que alguns deles se encontram no exterior.

Em tempo de férias é uma forma de viajar até à Holanda do século XVII e entrar sorrateiramente numa pequena loja sombria. 

2 comentários:

Ivete Ferreira disse...

Estou à espera da comunicação. Continuação de boas férias.

Bj.
Ivete

Ana Marques Pereira disse...

Ivete,
Terei muito gosto em reencontrá-la. Bj.