Este objecto de design designa-se
«Lunch Book» que se traduz por lancheira, uma instituição nos Estados Unidos,
agora cada vez mais frequente em Portugal, trazendo de volta os anos do Estado
Novo.
Na realidade «lancheira»,
que é sinónimo de «merendeira», aplica-se aos cestinhos ou caixas destinadas a
levar a comida. Os americanos usavam caixas de lata, com uma pega, com desenhos
de cores, sobretudo destinadas às crianças. Na minha infância lembro-me de um
cestinho onde eu levava para a escola o lanche, uma vez que, como o nome indica,
a isso se destinavam.
Hoje é usada como sinónimo
de marmita, que na altura se destinava aos adultos para levarem o almoço para o
trabalho. Com a nossa imprecisão de linguagem as duas palavras tornaram-se
sinónimos, embora o não sejam. Quando muito a marmita vai dentro da lancheira,
o que é verdadeiro sobretudo se pensarmos que hoje as lancheiras se
transformaram em mochilas ou outros sacos do género.
A grande diferença no que respeita às marmitas está contudo nos modelos. Antigamente usavam-se caixas de alumínio ou esmalte, empilhadas e fixas por molas, enquanto agora são em plástico, coloridas e mais atractivas. E ganharam estatuto. As pessoas já não se importam de comer da marmita.
«Lunch Book» é um livro de
receitas feito com pratos de papel que pode ser usado para comer durante a
exposição. Cada prato, feito em papel 100% reciclável, mostra uma receita de um diferente país.
Estarão presentes 140
países e espero que Portugal seja um deles. Eu infelizmente não vou estar e não
vou ter acesso a esta «Lunch Box», um objecto efémero, que pessoalmente não
seria capaz de utilizar e iria guardar como uma fina peça de porcelana.
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