No meu livrinho de
apontamentos de viagens tinha anotado uma visita ao Museu Bagatti Valsecchi. De
pequenas dimensões era ideal para o pouco tempo disponível em Milão, além de
que gosto cada vez mais de casas museus do que dos grandes espaços expositivos
que nos esmagam e de que precisamos de imenso tempo para ver com cuidado.
A casa serviu de habitação aos
dois irmãos Fausto e Giuseppe Bagatti Valsecchi, nascidos em 1843 e 1845
respectivamente e posteriormente à sua família até 1974, tendo-se então tornado numa fundação e museu.
Os dois irmãos decidiram
transformar a casa situada inicialmente na Via Santo Spirito, depois ampliada
para a Via Gesú por onde se faz a entrada, num espaço que nos transporta para o
Renascimento. Integrado no espírito revivalista do século XIX os dois irmãos
adquirem o maior número possível de peças do século XVI e XVII que vão expor no
espaço igualmente transformado.
A perfeita transformação do edifício, como o arco serliano que acreditamos ter sempre lá estado, só consegue ser detectada pelos olhos de especialistas. Aos objectos de época juntam-se cópias feitas no século XIX de difícil distinção como é o caso do lava-mãos em ferro existente no quarto verde do dono da casa e um outro feito no século XIX e colocado numa outra sala.
Nada disto nos choca até porque o guia áudio nos identifica as peças originais e nos conta a história das réplicas. Interessa-me cada vez mais aquilo que eu aprendo numa destas vistas do que o eventual impacto de uma fria peça de época me possa transmitir.
A perfeita transformação do edifício, como o arco serliano que acreditamos ter sempre lá estado, só consegue ser detectada pelos olhos de especialistas. Aos objectos de época juntam-se cópias feitas no século XIX de difícil distinção como é o caso do lava-mãos em ferro existente no quarto verde do dono da casa e um outro feito no século XIX e colocado numa outra sala.
Nada disto nos choca até porque o guia áudio nos identifica as peças originais e nos conta a história das réplicas. Interessa-me cada vez mais aquilo que eu aprendo numa destas vistas do que o eventual impacto de uma fria peça de época me possa transmitir.
A sala de jantar, onde me demorei
mais tempo, reproduz um ambiente renascença com majólicas italianas e vidros
venezianos, mas não nos deixa esquecer como terá sido agradável partilhar nos
finais do século XIX e início do XX, uma refeição naquele espaço tão acolhedor,
trazida da cozinha situada no piso inferior e infelizmente não visitável,
através de um monta-carga escondido atrás de uma porta em madeira lavrada.
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