terça-feira, 4 de agosto de 2009

A Dama de Copas (The Queen of Hearts)

O folheto que se apresenta conta a história de uma canção inglesa para crianças (Nursery Rhymes).
Mais conhecidas em Portugal por cantigas de roda ou cirandas, são muito importantes na aprendizagem das crianças. Têm como característica serem cantadas em rima, o que facilita a sua aceitação e memorização e são habitualmente cantadas em movimento ou com associação de gestos.
Em Portugal a mais conhecida , nos nossos dias, talvez seja «Atirei o pau ao gato», mas os ingleses têm um grande número deste tipo de canções.

Paula Rego foi sensível a este tema e em 1989 apresentou uma primeira exposição intitulada Nursery Rhymes, em Londres, na Marlborough Graphics Gallery e, em 1990, em Lisboa na Galeria 111.

Desta exposição foi publicado um livro com o mesmo título, que reúne essa fase da sua obra.

A «Dama de Copas» (Queen of Hearts) tem sido apresentada de diversas formas gráficas desde a sua primeira impressão em 1782, mas seria a obra de Lewis G. Carroll no livro «Alice no país das maravilhas», publicado pela primeira vez em 1805, que mais a divulgaria.
Conta a história de uma rainha, a Dama de Copas, que fez umas tartes para o seu rei.
O Valete de Copas roubou-as e levou-as.
O Rei descobriu e bateu-lhe.
O Valete devolveu as tartes e prometeu nunca mais roubar.


Se bem que a história tenha um conteúdo moral, o mais importante é a rima, que entra no ouvido das crianças.
O mais engraçado, e que justifica este e o anterior post, é que, nas várias representações, as tartes são apresentadas como pequenas bolachas redondas, com doce no centro, fazendo lembrar as Bolachas Francesas, o que veio a dar origem ao poste anterior e a esta sequência natural com a apresentação da história.

E para terminar só quero acrescentar que o mesmo tema tem sido também muito utilizado na louça infantil, onde surge representada parte da história, como é o exemplo da caneca apresentada.

2 comentários:

T disse...

Que engraçada esta ligação que detectou. Confesso que, desde o post anterior, ando com vontade de comer bolachas francesas.
Quanto às cirandas ando a treinar com a minha sobrinha neta. Embora nunca saiba distinguir as cirandas das lengalengas e acabo por trocar sempre tudo.

Ana Marques Pereira disse...

Devo confessar que não sou especialista no tema mas penso que a maior diferença entre as cirandas e as lengalengas é que as primeiras são sempre acompanhadas de movimento, enquanto que as segundas são discursos ritmados monótonos e repetitivos. Ambas são óptimas para a aprendizagem infantil.