Eu sei que tempo quente não é próprio para esta receita de fondue.Mas não consegui esperar pelo Inverno para partilhar esta minha descoberta de um lenço de assoar dos anos 70 com uma receita culinária.
É verdade que as receitas estão por todo o lado. Mas num lenço de assoar é completamente inesperado.
No caso presente trata-se da receita da “Fondue Bourguignonne”.
Esta receita de fondue de carne deve o seu nome à região da Borgonha. Vai buscar esta designação ao “Boeuf Bourguignonne”, não pela composição, que inclui sempre vinho, mas pelo tipo de carne de vaca, limpa de gorduras, cortada aos quadrados, que é comum às duas receitas.
Ao contrário da fondue de queijo, que tem vários séculos, só em meados dos anos 50 começou a surgir em livros de receitas. Em Portugal, a época da grande moda foram os anos 70, data que corresponderá à do lenço apresentado.
Passo por cima os preparativos referidos no lenço, de todos conhecidos, para salientar os acompanhamentos aconselhados: ovos cozidos, ananás aos quadrados, amêndoas salgadas, frutos marinados, anchovas, alcaparras, azeitonas, pimentos, pepinos e ainda 2 ou 3 molhos picantes: tártaro, vinagreta, Cumberland, bem como várias maioneses trabalhadas.E a terminar conclui: «A fondue bourguignone nada tem em comum com a de queijo excepto a sua apresentação.»
Os castigos variam mas nenhum é tão famoso como o que se desenrola em “Asterix entre os Helvéticos”, uma das obras da dupla René Goscinny e Albert Uderzo.
Quem conhece o livro identifica imediatamente a frase . «Para o lago! Para o lago com um peso atado nos pés!”.
Um castigo exagerado, há que reconhecer, mesmo para um comilão.
Quem conhece o livro identifica imediatamente a frase . «Para o lago! Para o lago com um peso atado nos pés!”.Um castigo exagerado, há que reconhecer, mesmo para um comilão.

A marca foi comercializada no Brasil em 1933 e, em 1940, noutros países como a Venezuela, Espanha e Portugal. Utilizando técnicas publicitárias inovadoras para a época conseguiu um grande sucesso com o seu produto.
Em Portugal a Toddy foi comercializada até, pelo menos, ao final dos anos 80, mas deixou uma doce recordação na mente de todos os que a experimentaram. Vejam-se os exemplos de 

As ameixas eram comercializadas em caixa de cartão circulares, com um grafismo apurado, em que constavam as medalhas com que haviam sido agraciados, muito ao gosto do final do século XIX.
Existiram várias outras fábricas, como dissemos no post anterior, mas a grande maioria já deixou de laborar.
As caixas de feitio oval, forradas manualmente a papel com um predomínio de temas alentejanos, foram produzidas pela empresa Pina & Martins. As embalagens apresentadas são dos anos 80.
A empresa "Frutas Doces", em Elvas, foi fundada em 1919 por Manuel Candeias e em 1970 a firma passou para o seu afilhado, Mário Renato da Conceição. Em 1999, foi o seu filho Luís Silveirinha da Conceição que tomou conta do negócio. Continuam a produzir ameixas d’Elvas, como é prova a caixa que deu azo a estas notas.
Já lá vai o tempo em que às caixas se associava a arte do papel recortado, como se pode ver uma amostra na foto apresentada. 
A “Ameixa d’ Elvas” é hoje uma produto com Denominação de Origem Protegida (DOP). O fruto utilizado é a Prunnus domestica L. ssp Domestica, da variedade “Rainha Cláudia Verde”.

É frequente nos panos da louça ver escrito os dias da semana. Há alguns anos, faziam parte do enxoval de qualquer jovem casadoura, dando a entender que deviam ser mudados diariamente..jpg)
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Em Portugal a mais conhecida , nos nossos dias, talvez seja «Atirei o pau ao gato», mas os ingleses têm um grande número deste tipo de canções.





Havia um outro local em que as referidas bolachas eram óptimas. Apenas quem teve a felicidade de o conhecer pode avaliar como Lisboa ficou mais pobre com o seu fim. Era a «Salão de Chá Imperium» e ficava nas Escadinhas de Santa Justa. Era um local requintado, espaçoso, onde se ia beber chá servido por empregados muito antigos, vestidos a rigor. Funcionava como ponto de encontro e descanso para as pessoas que iam fazer as suas compras à Baixa.
