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Caixas de talheres. Museu Municipal de Penafiel. |
Este tema foi-me sugerido pela
visita à exposição que fui ver ao Museu Municipal de Penafiel e que infelizmente já
acabou. Seria útil ter feito este comentário enquanto ela estava a decorrer,
mas como foi desmontada várias vezes acabei por me perder e, bem à portuguesa,
só me desloquei a Penafiel na véspera do seu encerramento.
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Imagem do catálogo e colher da JAFE. Museu M. Penafiel |
A exposição retrata a
importância que a indústria de alumínios teve na região com múltiplas fábricas
e milhares de empregados. Destas, hoje só resta uma única que visitei por
amabilidade do seu proprietário o sr. Firmino Magalhães e de que falarei no
próximo poste.
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Fábrica de João Abrantes Ferreira. Museu de Penafiel |
Esta concentração de fábricas foi influenciada
pela indústria de cutelaria de Guimarães muito mais antiga e esse é um dos pontos
apresentados na exposição. Crê-se que foi Bruno Leal de Araújo que, numa vista
à Alemanha no início do século XX (1909?) terá aprendido a tecnologia do
fabrico do alumínio e trazido o conhecimento para Portugal.
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Fábrica de Bruno Leal de Araujo. Museu de Penafiel. |
As primeiras fábricas
situavam-se no município de Marcos de Canaveses, junto ao rio Odres e as do
Município de Penafiel concentraram-se em Irivo onde ainda persiste a última
fábrica, a Rodrigo Ribeiro de Magalhães, Lda.
Embora tenham produzido outras
peças utilitárias foram fundamentalmente fábricas de talheres de alumínio.
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Fábrica de Adelino Macedo & Filhos. Museu de Penafiel. |
Na exposição estão visíveis as
imagens das principais fábricas de Marco de Canaveses (JOMAPE, LEMÃO, BLAFOS,
JOLAR, etc.), ou nalguns casos, o que resta delas. O mesmo se passa com as
antigas fábricas da região de Penafiel (JAFE, ATSI, ALGORIMA, Rodrigo Ribeiro
de Magalhães), acompanhado da sua história, sempre que possível apresentando imagens
da produção, dos seus trabalhadores, catálogos comerciais e exemplos dos
objectos produzidos.
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Capa do catálogo de João Abrantes Ferreira. Museu de Penafiel. |
No que respeita aos moldes usados
no fabrico dos talheres estão presentes um número elevado de exemplares provenientes
da Fábrica Rodrigo Ribeiro de Magalhães e oferecidos pelo sr. Firmino Magalhães,
com conhecimento profundo no sector onde sempre viveu e trabalhou.
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Vários moldes de cutelaria. Museu de Penafiel. |
A terminar a exposição são-nos
apresentadas quatro tipologias de mesas em que se manifesta a evolução e modas das
cutelarias ao longo dos últimos tempos.
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Mesas. Museu Municipal de Penafiel |
Extremamente didáctica a exposição
abriu-me o apetite para visitar a última fábrica de cutelarias da região sobre
a qual falarei no próximo blogue.
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