domingo, 28 de agosto de 2011

Um livro de Receitas de Conservas da Graciet & Cie


Foi um francês, Nicolas Appert, o responsável pelo método de conservação dos alimentos que se viria a chamar «conservas».
Foi em resposta a um prémio oferecido pelo governo de Napoleão, para conseguir conservar os alimentos e assim poder alimentar os seus soldados, que Appert escreveu o livro L'Art de conserver pendant plusieurs années toutes les substances animales et végétales, publicado em 1810.
Mas o método de conservação de Appert era feito em frascos de vidro de boca larga. Seria um inglês, Peter Durand, quem iria conceber as latas em folha-de-Flandres para conservação dos alimentos.
Os franceses tiveram uma industria próspera de conservas, sobretudo a partir do final do século XIX.
Este pequeno folheto é um livro de receitas de atum oferecido pela Fábrica Graciet & Cie então situada em Bordéus.
A fábrica, que tinha filiais em África, em especial no Senegal, tornou-se ela própria, em 1971, numa filial de uma outra grande empresa de conservas: a Compagnie Saupiquet.
Esta, por sua vez, remontava a 1871 e a sua história foi de sucesso. Contudo, acabou também por ser adquirida por outras empresas, naquele jogo do gato e do rato, que se transformou na história actual da industria mundial e a que eu acho pouquíssima graça. Por isso fico por aqui.

4 comentários:

Anónimo disse...

E que diríamos da indústria conserveira nacional?
Cumprimentos.
José

Ana Marques Pereira disse...

José,
Esse é um tema tão interessante que nem sei por onde começar.
Mas prometo lá ir em breve.
Um abraço

Carlos Caria disse...

É começar pelas grandes multinacionais, agora quase na sua totalidade proprietárias das "nossas" antigas fábricas de conservas.
Começa talvez pelo museu do trabalho Giacommeti em Setúbal, cidade onde existiram mais de uma centena de fábricas de conservas, e depois é só puxar o cordel da história.
Bom trabalho
Abraço amizade
Carlos Caria

Ana Marques Pereira disse...

Carlos Caria,
Obrigado pelas suas sugestões. Infelizmente o tempo não chega para tudo o que se quer fazer.
Um abraço