
É uma caixa articulada, feita em latão, e tem cerca de 14 x 7 x 6 cm..
É mais frequentemente usada na sala, embora também seja útil na cozinha.
Apresenta-se sob várias formas, sendo esta uma das mais inteligentes.
É um desafio fácil.
As duas edições iniciais eram constituídas por duas partes. A primeira Trata do modo de cozinhar vários manjares e diversas iguarias de qualquer casta de carne, e de muita variedade de pastéis, tortas, empadas e outras muitas curiosidades. A segunda Trata do modo de cozinhar diversos pratos de peixe, mariscos, ervas, frutas, ovos, lacticínios, conserva e toda a sorte de doces. Incluía ainda a Forma como se hão-de dar os Banquetes em todos os meses do ano, que, a partir da edição de 1693, passa a constituir uma terceira parte individualizada. No início do século XIX, pelo menos a partir da edição de 1814, a Arte de Cozinha passou a integrar uma quarta parte que tratava de Fazer Pudins e preparar Massas. As informações sobre Domingos Rodrigues são escassas. Diogo Barbosa de Machado na Bibliotheca Lusitana, afirma que Domingos Rodrigues nasceu em Vila Cova à Coelheira, Bispado de Lamego, no ano de 1637, vindo a falecer em Lisboa a 20 de Dezembro de 1719, com a idade de 82 anos. Segundo este, terá trabalhado na casa dos Marqueses de Valença e Gouveia antes de ser Mestre da Casa Real. Esta última afirmação necessita contudo de confirmação que nunca foi feita. Até lá, pode considerar-se que, seguramente, Domingos Rodrigues trabalhou como cozinheiro extraordinário nos banquetes oferecidos pela Casa Real, mas não foi ainda possível encontrar documentos que o confirmem como cozinheiro da Casa Real.
A primeira edição deste livro é hoje tão rara que o único exemplar que alguma vez consultei se encontra numa biblioteca fora de Portugal. Vou continuar a procurá-la, tal como o rasto de Domingos Rodrigues nos arquivos portugueses.