quarta-feira, 13 de março de 2019

Uma visita às Minas de S. Domingos

 A exploração de minerais como o ouro, a prata e cobre teve lugar na região de S. Domingos desde o período romano. No entanto, o grande desenvolvimento mineiro teria lugar durante o século XIX com a descoberta e registo do local por Nicolau Biava que em 16 de Junho de 1854 requereu à Câmara Municipal de Mértola o direito de explorar as minas de São Domingos. Com esse fim foi registada em 1855 uma empresa mineira espanhola La Sabina.
A moderna exploração da mina viria a dar-se em 1858 já por acção da companhia inglesa de mineração "Mason & Barry", mais tarde designada Mason & Barry Limited. Seria esta empresa que viria a fazer grandes progressos locais, como a construção de um ramal de comboio que conduzia o material extraído das minas até ao Rio Guadiana.
Do desenvolvimento local e da sua envolvente existem vários trabalhos de que ressalto os apresentados no site «The Restoration & Archiving Trust. Mina de São Domingos: Mason & Barry», entre outros.
A actividade da mina seria suspensa em meados da década de 1960 e hoje no local só se podem observar as ruínas. No início do século XX contudo as minas eram um local modelar a justificar visitas. Foi por isso que em 1913 foi organizada pelo Liceu Camões, de Lisboa, uma vista de estudo, no sentido de os alunos do 7º ano tomarem contacto com essa realidade industrial.
Oficinas ferroviárias. Foto de Rosário Silva publicada em RR.sapo.pt
Dessa visita foram feitas várias fotografias, aqui transformadas em postais, oferecidas pelos alunos como recordação do dia. Os três momentos que chegaram às minhas mãos fixaram a travessia do rio (provavelmente o Guadiana), as várias charretes que na margem aguardavam os visitantes e por último, como bons portugueses, o momento do almoço com os professores. Seguramente um dia bem passado para todos os intervenientes. Para quem conhece hoje o local abandonado revela-se uma visão nostálgica.

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