Um presente de gamboas
obrigou-me a ir para a cozinha fazer doces. Esta fruta é muito semelhante aos
marmelos, mas menos ácida, pelo que se pode comer crua (facto que não
experimentei).
Quando falo num fruto ou
planta gosto de ir ver o nome latino e a família a que pertence, sobretudo
quando o conheço mal. Neste caso foi difícil porque não sei o nome da gamboa em
inglês e em português, mesmo artigos científicos dizem que o marmelo é a Cydonia Oblonga Miller. Apenas num dos
casos é feita a distinção entre o marmelo, (Cydonia
vulgaris Pers.) e a gamboa, (Cydonia
oblonga Miller), dizendo que são semelhantes em aspecto, mas como a gamboa
é menos ácida não precisa ser transformada em geleia ou marmelada. De qualquer
modo ou a gamboa é desconhecida ou então não percebo como as duas designações
são sinónimas.
Claro que não será uma
conserva muito duradoira, devido ao baixo ponto de açúcar. O que me fez lembrar
o autor anónimo de Arte Nova e Curiosa
para Conserveiros, Confeiteiros e Copeiros, livro publicado em 1788 que dava
uma receita em que as pêras depois de uma primeira fervura eram metidas em
açúcar em ponto de espadana para acabarem de cozer. Iam à mesa com a calda,
quentes ou frias, «e durão assim nesta calda perfeitas quatro dias». Era por
essa razão que o autor designou a receita: «Compota de peras para logo».
A minha vai ser mesmo para
logo, mas dada a quantidade há-de dar para muitos mais dias.
1 comentário:
Também já fiz compota de gamboas com laranja. Faço exactamente a mesma receita da compota de marmelos e ficou bastante bem.
Bj
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