Não quero fazer concorrência ao programa “Irritações” onde os intervenientes ao fim de vários programas parecem ter de inventar factos que os irritam. Esta é uma irritação verdadeira que advém da compra de dois queijos num mercado biológico. Muito bonitos e apelativos, mas caríssimos, porque estamos a pagar, além do produto, crenças e convicções. Como ficaria espantado um verdadeiro queijeiro, daqueles lá da Serra da Estrela, se visse estes preços.
Mas tudo bem. Quando as coisas são de qualidade, tendemos a secundarizar os preços. O pior é que um aspecto importante nos queijos é o seu sabor e esse não estava lá. Sabiam os dois ao mesmo, isto é, a nada.
O queijo de cabra, que
cheirava intensamente a cabra, não sabia a cabra. Concluí que devia ter leite
de vaca misturado, mas estranhamente o sabor não acompanhava o cheiro.
Decidi fazer uma tigelada de requeijão com o queijo, uma estreia absoluta. A tigelada da Beira Baixa, sobre a qual já falei, (Ver: :https://garfadasonline.blogspot.com/2015/06/tigelada-da-beira-baixa.html), não leva habitualmente requeijão. Em minha casa, na Covilhã, era sempre a de requeijão que comíamos. Estranhamente nunca falei nela, o que prometo fazer proximamente.
Hoje é só para lhes mostrar a
minha experiência, feita com o queijo de cabra biológico a fazer o papel do
requeijão. Não dou a receita porque a fiz a olho, em dose menor para me caber
num pequeno forno e evitar ligar o forno grande. Fá-lo-ei quando voltar a este
tema.
A tigelada ficou boa, embora não
o suficiente para de futuro tomar o lugar do requeijão. Cheirava a queijo e até sabia a
queijo, talvez detectado pelo gosto inusitado naquela receita. Foi uma boa
solução, mas a não repetir.
Tem óptimo aspecto.
ResponderEliminarQuanto às abundantes coisas biológicas e saudáveis, sou bastante céptica, confesso.
Boas Festas!